Carregando
Por Imprensa (quarta-feira, 18/05/2022)
Atualizado em 18 de maio de 2022
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) completou 32 anos na segunda-feira (16) com os lançamentos do livro “Sindpol-AL: A história do Sindicato que derrubou um governador”, da galeria dos ex-presidentes e do mural de fotos que ilustram parte da história do Sindicato. O evento aconteceu na sede do Sindicato.
O lançamento do livro contou com a presença dos ex-presidentes do Sindpol (Valter Gama, Geraldo Barros, José Carlos Fernandes Neto (Zé Carlos), Carlos Jorge da Rocha e Josimar Melo), do atual presidente, Ricardo Nazário, de dirigentes do Sindicato, de lideranças sindicais e da CUT.
Ricardo Nazário ressaltou que o livro eternizou a história do Sindpol, marcando e registrando a passagem dos ex-presidentes e amigos que contribuíram para a luta, como a central sindical e os sindicatos. Na entrada da sede, foi colocado um mural com as fotos de mobilizações, de dirigentes das diretorias passadas, visando prestigiá-los, “não apenas os ex-presidentes, mas os diretores, pois sem a diretoria, o sindicato não tem solidez”.
“A importância de resgatar a história de todas as lutas que foram travadas e que hoje os policiais civis e os novos concursos têm que valorizar, respeitar e entender como foi construído o sindicato deles, que não foi fácil. Temos que valorizar, porque é o nosso sindicato. A união da categoria traz melhoria salarial para a família do policial e o futuro dos nossos filhos”, disse.
O idealizador e um dos organizadores do livro — o diretor Financeiro do Sindpol, Carlos José — disse que a finalidade da obra foi de não deixar no esquecimento a história do Sindicato. “Buscamos eternizar essa história de luta do Sindpol, não deixá-la se perder com o tempo. O livro tem esse poder de guardar a história”, opina.
Os ex-presidentes ficaram lisonjeados com o reconhecimento dado pela atual direção do Sindpol. O delegado aposentado Valter Gama — o primeiro presidente do Sindpol que fez a transição da Associação das Guardas Civis para o Sindpol — disse que o Sindicato é uma entidade classista, que é um incentivo para outras entidades. “Um sindicato que sabe trabalhar”.
Gama destacou que a mudança da Associação para Sindicato se deu por conta da fragilidade que representava na época e para ter uma entidade com força e representatividade. “A partir da fundação, o Sindpol só obteve sucesso. Um sindicato lutador e importante, que pleiteia direitos dos policiais civis”, disse.
Reencontrando os colegas do seu tempo, o perito aposentado Geraldo Barros disse que é importante essa homenagem. “A história do Sindpol mostra a capacidade da direção do Sindpol e o reconhecimento dos que fizeram parte dessa história”. Ele disse que Valter Gama desbravou as fronteiras. Em sua gestão, Barros realizou as primeiras greves e precisou de orientação da CUT. Ele recorda que foi chefe do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), antes de ser sindicalista. “O pessoal da velha guarda não imaginava o que seria um sindicato. É muito importante o trabalho do Sindpol. A luta tem que continuar”, finaliza.
O escrivão de Polícia aposentado José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, revela que os trabalhadores não têm costume de contemplar sua história. Em referência aos colegas, disse que eles tiveram a ousadia de transformar uma associação em sindicato. “Demos sequência à luta do sindicato. Na época que assumi, enfrentávamos a pior crise econômica em Alagoas. O Sindpol partiu para regularizar o pagamento salarial. A motivação da luta foi a fome”, revela.
Evidenciando o resultado das conquistas, Zé Carlos informa que os policiais civis alagoanos possuem um dos melhores salários, fruto do trabalho e da luta do Sindicato e da categoria. “Desejo que o Sindicato avance, não somente olhando para os policiais civis, mas olhando para os trabalhadores, os servidores, as centrais sindicais, os movimentos sociais e movimento dos trabalhadores sem-terra. Todo o policial é político. O policial civil é um trabalhador. Ele sempre é chamado pela família e pela sociedade. A luta continua”, disse.
O policial civil aposentado Carlos Jorge da Rocha, que foi presidente por três mandatos, informou que que também foi vice-presidente da Federação Nordestina e da Cobrapol por duas décadas. “Não podemos fugir da luta. Parabenizo os sindicatos e a CUT que sempre nos ajudaram. Ser sindicalista não é fácil. Sentimos elogiados pelo que fizemos pela categoria”, declarou.
Josimar Melo parabenizou a nova diretoria do Sindpol que promoveu o evento histórico com os ex-presidentes. “O Sindpol é referência de luta estadual e nacional em defesa dos policiais civis e seus familiares. A luta do Sindpol é um patrimônio político. A gestão do Zé Carlos veio para consolidar que o policial também é trabalhador, defendendo também a polícia cidadã”.
A presidente da CUT, Rilda Alves, lembrou do sindicalista Izac Jacson, que faleceu, o qual também havia dado entrevista para o livro. Ela destacou que o sindicalista sempre tratava com admiração a luta do Sindpol. A dirigente disse que o livro conta a história de um sindicato de luta. “O Sindpol tem na construção da sua história a luta conjunta com os sindicatos. Esse evento marca esse momento”, disse.
A jornalista Regina Aurora de Carvalho, autora do livro, colheu os depoimentos em 2019. Por conta da pandemia, o livro somente foi lançado neste ano. Nesse período, o delegado Manoel Wanderley, um dos entrevistados, faleceu. O seu filho Mateus Malta Cavalcante compareceu ao evento. Ele disse que ficou emocionado pelo seu pai fazer parte dessa história.
Outro dirigente que compareceu foi o presidente eleito do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Legislativo, Henrique Lopes. Ele ressaltou que sempre acompanha a luta do Sindpol. Entre as ações de mobilização histórica, ele esteve presente na ocupação da Sefaz. O sindicalista parabeniza a direção do Sindpol.
Veja a galeria das fotos no Facebook do Sindpol: https://www.facebook.com/media/set/?vanity=sindpolal&set=a.5045979668789742
