Por Imprensa (sexta-feira, 4/09/2020)
Atualizado em 4 de setembro de 2020
O fim dos assédios moral e sexual é uma pauta defendida constantemente pelo Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) nas mesas de negociação, que agora ganha força na Segurança Pública de Alagoas. O Ministério Público Estadual, em parceria com a Ufal, lançou o projeto “Mulheres em Segurança: Assédio não”, voltado para a área da Segurança Pública (polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, Perícia Oficial e Seris).
Por defender os policiais civis contra os assédios, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, sofreu procedimento na Corregedoria de Polícia. O dirigente ressalta que a campanha do Sindpol contra os assédios sexual e moral na Polícia Civil quebrou o paradigma dentro da Segurança Pública.
“A Secretaria de Segurança Pública é uma instituição conservadora, que não realiza a discussão dos assédios moral e sexual. E o Sindpol faz essa discussão dentro da Polícia Civil, da Segurança Pública e na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), contra os assédios”, informa o sindicalista, destacando que o Sindpol quer uma política do Governo do Estado, não apenas da instituição. “Ainda bem que a Delegacia Geral, através do Delegado Geral, e o Ministério Público ficaram em alerta ao que o Sindpol vinha denunciando, para que esses órgãos fomentem junto ao governador o combate dos assédios”, disse.
O projeto do MP tem como escopo apurar os casos de assédio moral e sexual perpetrados em razão do gênero nas forças de segurança pública, bem como construir uma rede de acolhimento e de enfrentamento aos assédios.