Por Imprensa (quinta-feira, 6/10/2011)
Atualizado em 6 de outubro de 2011
Mais de 3 mil pessoas comparecem ao mega protesto realizado contra o governador do Estado, na tarde da quarta-feira (01/06). A concentração aconteceu na Praça Deodoro da Fonseca, em frente ao Tribunal de Justiça. Veja as fotos
No local, os discursos foram direcionados à magistratura por conta das multas arbitrárias aplicadas aos sindicatos que deflagram greves, e para denunciar a criminalização dos movimentos sociais.
O protesto reuniu estudantes, servidores públicos, policiais civis e militares, Corpo de Bombeiros, agentes penitenciários, sindicatos, movimentos sociais, movimentos populares, trabalhadores rurais, centrais sindicais, partidos políticos que juntos exigindo o resgate dos serviços públicos e a dignidade salarial das categorias.
A manifestação contou com a presença significativa dos estudantes, que se revoltam contra o descaso com a Educação, o aumento da violência e com a falta de políticas públicas voltadas à juventude.
Os protestantes teceram críticas ao governador, afirmando que ele aplica um rigoroso programa de ajuste fiscal, utilizando-se do discurso da Lei de Responsabilidade Fiscal para não conceder melhoria salarial aos servidores. “O governo é incapaz de dialogar com os servidores. Ele está afundando Alagoas com uma dívida de mais de 7 bilhões de reais e ainda quer fazer mais empréstimos ao Banco Mundial”.
Os servidores públicos estaduais, que estão sem reajuste salarial há mais de 4 anos, recusaram a proposta de 7% do governo em duas parcelas. Na última negociação com o Secretário de Gestão Pública, a CUT propôs percentual de aumento de 14%.
Dezenas de entidades estiveram presentes, entre elas, o Sindpol, Sinteal, Sindfunesa, Urbanitários, Sindapen, Anel, Ubes, CSP-Conlutas, UJS, PT, PSOL, PSTU, PCdoB, UNE, Juventude Revolução, CTB, PCR, Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados, CGTB, Resistência Popular, ACS, Assomal, Associação dos Praças da PM entre outras.
Na Praça Deodoro, os estudantes realizaram um enterro simbólico do governador Teotônio Vilela. Todos seguiram em passeatas, realizando protestos em frente à Secretaria de Defesa Social, à Assembleia Legislativa e ao Palácio do Governo.
Em frente à Assembleia Legislativa, o presidente da CUT, Izac Jackson, destacou o desmantelamento do serviço público através das propostas enviadas pelo governo de Parcerias Público-Privadas, Organizações Sociais e contratação de temporários nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública. De acordo com ele, as entidades não vão deixar que esses projetos sejam aprovados.
Em sua explanação, o vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, disse que o governador Téo Vilela não pode se esconder e só se manifestar através da imprensa. “É preciso abrir o canal de negociação. Negociar com as categorias”, afirmou, acrescentando que a luta dos servidores não era só por questão salarial, mas para recuperar o serviço público.