Por Imprensa (terça-feira, 2/05/2017)
Atualizado em 2 de maio de 2017
Uma multidão de trabalhadores do campo e da cidade ocuparam a orla de Maceió para protestar contra as reformas Trabalhista e Previdenciária no Dia do Trabalhador, Dia 1º de maio. Os policiais civis marcaram presença para protestar contra as condições de trabalho das delegacias.
A concentração ocorreu no Posto Sete, Praia de Jatiúca, onde os servidores públicos, trabalhadores rurais, professores, policiais civis, trabalhadores das empresas privadas, estudantes, movimentos sociais e sindicais saíram em caminhada, mostrando o descontentamento com as políticas de retirada de direitos dos trabalhadores e de congelamento de salário.
Mais de 8 mil pessoas caminharam até a Praia de Ponta Verde para realização do grande ato público, usando palavras de ordem “Não à retirada das aposentadorias, não à precarização do trabalho, não à terceirização, não ao desemprego que atinge 14 milhões, Fora Temer e eleições diretas já!
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, ressaltou que a mobilização é mais uma demonstração de unidade dos trabalhadores do campo e da cidade. “Essa unidade é o único instrumento de luta contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. É a forma de defender as conquistas dos trabalhadores”, disse, acrescentando que Polícia Civil sofre com o desmonte e a privatização, citando, como exemplo, a política de substituição dos policiais civis por câmera de vigilância nas delegacias.
O vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou o engajamento dos policiais civis no protesto no Dia do Trabalhador. “Estamos aqui para protestar contra as precárias condições de trabalho nas delegacias e por nossos direitos. O Sindpol sempre junto das entidades sindicais e das centrais, dos trabalhadores do campo e da cidade, somando força contra as reformas Trabalhista e Previdência”, disse.
Para a 3ª Secretária do Sindpol, Arlete Bezerra, a manifestação no Dia do Trabalhador é uma festa da cidadania. “É um momento de reencontro de professores, dos servidores, dos aposentados, dos movimentos sociais e culturais, que comemoram o 1º de Maio, que é um dia de preservação dos direitos sociais adquiridos, sendo um dia de luta da classe trabalhadora”.
O aposentado policial civil Fábio Vicente relatou que a manifestação foi pacífica sem nenhum incidente. “Estamos na mobilização contra esses políticos corruptos que querem privatizar as empresas públicas, como Eletrobras, e retirar nossa aposentadoria. A nossa Polícia está sucateada, e o Governo ainda quer fechar as delegacias à noite”, protestou.