Por Imprensa (quarta-feira, 30/08/2017)
Atualizado em 30 de agosto de 2017
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denuncia o enfraquecimento da segurança pública com o desmonte da Polícia Civil e a usurpação da função dos policiais civis.
O presidente do Sindpol eleito, Ricardo Nazário, revela que o Governo do Estado prega a desunião das forças de segurança pública, quando alimenta a usurpação de funções da Polícia Civil. A Polícia Militar de Alagoas busca realizar a confecção de Termo Circunstanciado de Ocorrência, além de desvirtuar o serviço reservado à PM (conhecidos P2, que são policiais militares que fazem investigações) e o disque denúncia 181, que era da Polícia Civil.
“Aproximadamente 500 policiais civis estão tomando conta de presos e fazendo rondas, quando a função constitucional da polícia judiciária, que é a investigação, não é respeitada pelo governo, além de desmotivar o policial no desenvolvimento de seus trabalhos”, informa.
De acordo com o presidente do Sindpol eleito, a Polícia Civil tem carência de quase 2500 policiais e ainda vai piorar, porque hoje existem 600 policiais civis aptos a se aposentarem. Enquanto isso, o Governo do Estado anunciou concurso da Polícia Militar para 1.000 vagas, convocou a reserva técnica da PM e, recentemente, chamou a reserva técnica dos Oficiais, mas “ignora a carência da Polícia Civil. Não convocou a reserva técnica da PC e nem realiza concurso público para a Polícia Judiciária”, denuncia.
O dirigente sindical chama a atenção para que todos os alagoanos entendam que se Alagoas tiver uma Polícia Civil aparelhada e motivada, muitos criminosos de ‘terno’, políticos e sonegadores de impostos seriam presos. “Então a quem interessa uma polícia civil destruída?”, questiona.
Ricardo Nazário defende a união dos policiais civis com os policiais militares, com os agentes penitenciários, guardas municipais, peritos, ou seja, todos os profissionais da segurança pública.