Por Imprensa (quarta-feira, 16/02/2011)
Atualizado em 16 de fevereiro de 2011
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as Contas Regionais 2008 aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) de Sergipe superou, pela primeira vez, o de Alagoas, colocando o Estado na 21ª posição do ranking nacional de geração de riquezas.
Segundo o levantamento, a economia alagoana cresceu 4,1% no ano de 2008 – uma média de crescimento inferior à média nacional no período, que foi de 5,2% – enquanto a taxa de crescimento registrada por Sergipe foi de 2,6%. Mesmo assim, o conjunto de riqueza alagoano ficou abaixo do sergipano, totalizando R$ 19.447 bilhões em recursos contra o do estado vizinho que somou R$ 19.552 bilhões.
A participação da economia alagoana no PIB nacional recuou de 0,7% para 0,6% em 2008, se igualando à participação de Sergipe. Com quase 1 milhão a menos de habitantes, o PIB per capita sergipano correspondeu a R$ 9.778,96, permanecendo como o maior da região Nordeste, enquanto o de Alagoas atingiu uma média de R$ 6.227,50, sendo o terceiro menor do País, acima apenas do PIB per capita do Maranhão (R$ 6.103,66) e do Piauí (R$ 5.372,56). Vale ressaltar que o PIB per capita nordestino corresponde a R$ 7.487,55.
De acordo com o economista Cícero Péricles de Carvalho, professor doutor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), a superação do PIB de Alagoas pelo de Sergipe já era esperada. “Ao longo dos anos, a economia do estado vizinho cresceu baseada na diversificação econômica, sempre com médias acima das registradas por Alagoas. Lá em Sergipe há atualmente 17 pólos industriais”, afirma.
Cícero Péricles destaca ainda o bom desempenho da economia piauiense que em 2008, segundo o IBGE, obteve média de crescimento de 8,8% – sendo a maior alta registrada no País. “Se a economia do Piauí mantiver índices semelhantes daqui para frente, em breve também superará o PIB de Alagoas”, diz, mencionando que além da falta de diversificação econômica, Alagoas ainda tem como desvantagem a histórica crise fiscal nos anos 80 que contribuiu para estagnação econômica do Estado, impedindo que investimentos necessários na infraestrutura local fossem realizados, enquanto outros estados da região avançaram.
Patrycia Monteiro – Tudonahora