Por Imprensa (quinta-feira, 20/10/2016)
Atualizado em 20 de outubro de 2016
Os policiais civis pararam os serviços das delegacias da Capital e do interior na quarta-feira (19). A categoria aderiu à luta pela valorização. Nas redes sociais, policiais civis enviaram fotos das cidades que abraçaram a luta. A greve de 24 horas mostrou a unidade da categoria que está disposto a permanecer na luta até que o Governo do Estado atenda as reivindicações da categoria.
Em Maceió, a concentração foi na Central de Flagrantes no Farol. O Sindpol montou uma estrutura com tendas e cadeiras para que o policial civil permanecesse no local. Houve também café da manhã, almoço e lanche.
A Central de Flagrantes também estava superlotada com 41 presos. Houve uma tentativa de fuga. Com a denúncia do Sindpol, mais de 20 presos foram transferidos da Central. Existe uma determinação da Vara de Execução Penal que limita o número de presos em 24, mas, infelizmente, o sindicato constatou que a norma não vem sendo cumprida.
Na noite da quarta-feira (19) e na madrugada da quinta-feira (20), o Sindpol barrou a pressão contra os policiais civis para realização de trabalhos em virtude das diligências da Polícia Militar.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, e os diretores do sindicato se reuniram com o delegado da Central de Flagrantes, Leonardo Assunção, para reforçar a greve de 24 horas na Central.
O presidente também havia informado a Delegada Geral-Adjunta, Kátia Emanuelly, que os policiais civis não iriam realizar as audiências de custódias na paralisação.
Mobilização
Os policiais civis também fizeram panfletagem na movimentada Avenida Fernandes Lima, entregando aos motoristas os adesivos “Governo sem palavra, povo sem segurança” e panfletos “Lista de Maldades do Governo de Alagoas”.
Equipes de mobilização estiveram no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) para colocar cartaz de greve e faixa, informando que 3.175 pessoas foram assassinadas no período de 21 meses em Alagoas.
Outro ato de protesto com café da manhã também foi realizado em frente à Delegacia Regional de Arapiraca.
Polícia Legal
O presidente do Sindpol. Josimar Melo, deu início à campanha “Polícia Legal”, que é o policial civil trabalhar apenas na legalidade, amparado pela legislação.
A paralisação foi uma resposta da categoria contra o descaso do Governo do Estado com as reivindicações dos policiais civis. Nas duas últimas reuniões de negociações, o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Christian Teixeira, não apresentou nenhuma nova proposta à categoria.
Assembleia Geral
Os policiais civis vão definir o rumo da mobilização na assembleia geral, que será realizada nesta sexta-feira (21), a partir das 13 horas, no Sindicato dos Urbanitários.