Por Imprensa (quarta-feira, 13/04/2011)
Atualizado em 13 de abril de 2011
Os policiais civis decidiram deflagrar greve de 72 horas a partir da próxima terça-feira (05/04). A deliberação da categoria ocorreu na assembleia geral, ocorrida na tarde desta sexta-feira (01/04), no Sindicato dos Bancários, se deve pela indefinição do governo do Estado quanto à questão salarial da categoria.
Os policiais civis também decidiram deflagrar a Operação Padrão em todo o Estado a partir desta sexta-feira, ou seja, a categoria só vai trabalhar de acordo com o que determina a legislação. Para isso, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) está entregando uma cartilha que possui treze orientações. Entre elas, ir ao local do crime, medidas protetivas, mandados de busca e apreensão e outras ações só com a presença do Delegado de Polícia; ir para qualquer missão somente com colete, armamento e munições em perfeito estado e dentro da validade.
Como atividade de greve, os policiais civis decidiram realizar ato público em frente ao Palácio do Governo, às 9 horas, para cobrar uma audiência com o governador Teotônio Vilela.
Os policiais civis estão sem reajuste salarial há dois anos. A proposta do Sindpol, que foi aprovada no Congresso dos Policiais Civis e entregue ao governo, é a implantação do piso salarial de 60% do valor da remuneração dos delegados de Polícia.
A categoria aguardava alguma definição do governo quanto à proposta salarial elaborada pelo Delegado Geral, Marcílio Barenco, dividida em 16 parcelas, para ser implantada durante os quatro anos do governo Téo Vilela. No entanto, as delegadas Lucy Mônica e Rebeca Cordeiro, representando o delegado Geral, compareceram a assembleia para entregar o impacto financeiro da proposta.
Na assembleia, o presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, destacou que não havia definição do governo, ressaltando que o próprio delegado geral informou que estava tendo dificuldade para se reunir com o secretário da Fazenda, Maurício Toledo, e tratar do pleito da categoria.
O presidente da CUT, Izac Jacson, e o secretário geral da Central autônoma dos trabalhadores haitianos Fignolé Saint-Cyr, participaram da assembleia geral para prestar apoio aos policiais civis. Izac Jacson foi enfático ao destacar que no Téo Vilela só tem avanço com pressão e mobilização. Ele citou a greve contra o decreto 3555, que revogou reajuste salarial, e a greve de sete meses dos policiais civis.
Fignolé Saint-Cyr convidou os policiais civis reforçou a luta pela retirada das tropas brasileiras no Haiti e convidou a categoria para ir ao país e conhecer de perto as precárias dos haitianos.
A greve terá início na terça-feira com a realização do ato público em frente ao Palácio, na próxima sexta-feira, haverá uma assembleia de avaliação, o local e o horário serão definidos pelo comando de greve.