Por Imprensa (terça-feira, 26/04/2016)
Atualizado em 26 de abril de 2016
Mais de 500 policiais civis participaram da assembleia geral, nesta terça-feira (26), e mantiveram a greve por tempo indeterminado. O local da assembleia geral, que estava marcado no Sindicato dos Urbanitários, teve que ser mudado para a Praça dos Martírios, devido à quantidade de policiais civis presentes.
De Maceió e dos municípios alagoanos, policiais vieram disposto à luta pela implantação do piso salarial de 60% dos delegados, bem como dos 22 itens da pauta de reivindicações.
A irreverência também foi marcada na atividade de greve. Alguns policiais civis usaram capacetes, outros com ferramentas para criticar o governador Renan Filho que comparou a categoria aos pedreiros. Para o governador, a reivindicação do piso salarial de 60% da remuneração dos delegados seria o mesmo que o pedreiro pleitear o salário de um engenheiro civil.
O presidente da Cobrapol, Jânio Gandra, que veio a Maceió por conta da greve dos policiais civis, destacou que a profissão dos pedreiros é digna e merecedora de valorização, como a dos policiais civis. “Essa comparação é mesquinha e mostra que o governador não valoriza a categoria”, disse.
Em protesto, o diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, destacou que os policiais civis são os construtores da segurança pública.
A presidente da CUT, Rilda Alves, ressaltou que somente com a greve é que uma categoria conquista vitória. “Essa greve faz a diferença. A luta é de todos nós”, revelou. Da CUT, o dirigente Isac Jacson também participou da assembleia e manifestou apoio à categoria.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, disse que o policial civil é uma categoria muito mais qualificada que os delegados, mas que, infelizmente, o governo do Estado não valorizava os policiais.
Na assembleia geral, os policiais civis aprovaram a manutenção da greve, mesmo com a decisão de ilegalidade deferida pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Washington Luiz.