Por Imprensa (quinta-feira, 5/05/2011)
Atualizado em 5 de maio de 2011
Os policiais civis, militares e do Corpo de Bombeiros, além de agentes penitenciários foram participar de uma sessão da Assembleia Legislativa na tentativa de que houvesse uma sessão pública sobre segurança pública.
A sessão pública estava sendo solicitada pelo deputado Judson Cabral (PT), na tarde da quarta-feira (11), mas foi descartada pelo vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (PTdoB), que segundo ele, os manifestantes precisam ser encarados como vândalos. Ao criminalizar o protesto, os profissionais de segurança pública deram as costas aos parlamentares.
Na terça-feira (12), servidores, incluindo policiais civis e militares realizaram passeata que contou com protestos em frente à Praça D. Pedro II. Ao ver que grades para acesso à Assembleia Legistiva estavam fechadas, os manifestantes conseguiram derrubar uma cerca. A revolta popular foi por conta da derrubada do veto do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ao projeto de lei que versa sobre o reajuste, em mais de 100%, dos salários dos próprios deputados. Com isso, os 27 integrantes do Legislativo Estadual passarão a receber pouco mais de R$ 20 mil, ao invés dos atuais R$ 9,6 mil – quando o Governo do Estado propôs apenas 5,91% de reajuste ao funcionalismo.
Um policial militar que não quis ser identificado questionou com qual moral o deputado Albuquerque teria para chamar os servidores de vândalos. O policial lembrou-se do envolvimento do parlamentar na Operação Taturana (desvio mais de R$ 200 milhões na Assembleia Legislativa).
Para o vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, que também participou da sessão, ocorrida na tarde da quarta-feira (11), existe um caos na segurança pública com o assassinato de 8.198 pessoas em quatro anos, além da greve dos policiais civis e militares, e os parlamentares têm o dever junto ao governador Teotônio Vilela de apresentar solução as categorias policiais e a população.