Por Imprensa (sexta-feira, 26/02/2010)
Atualizado em 26 de fevereiro de 2010
Em um movimento unificado, policiais militares, bombeiros, agentes penitenciários e policiais civis de Alagoas realizaram ato público, na Praia de Jatiúca, na última quinta-feira, dia 25.
O ato público visou a sensibilizar o governo quanto às reivindicações que as categorias pleiteiam como reajuste salarial e condições dignas de trabalho.
O protesto foi realizado na via pública, especificamente, no calçadão da praia, e transcorreu de forma pacífica. A maioria dos motoristas parava os carros para prestar solidariedade aos policiais, outros pediam que os policiais colocassem os adesivos “Honestamente governador, nunca se matou tanto”.
O Sindpol voltou a cobrar que o Governo do Estado reveja a decisão de contratar estagiários para exercer funções administrativas dentro da Polícia Civil, da criação da Central de Polícia, além de cobrar a revogação do expediente comercial nas delegacias de Maceió.
Em apoio aos policiais, o presidente da Associação dos Oficiais de Justiça Federal, Amaury Valença, destacou que a polícia Judiciária é fundamental para a elucidação da criminalidade. “A liberdade de manifestação e o direito de greve são direitos reconhecidos pela Constituição Federal” (ao criticar a decisão da justiça alagoana). Ele também ressaltou que é uma vergonha que na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos não se tenha uma câmera digital para que se possa fazer um banco de dados de criminosos. Valença também chamou atenção de que as informações da Polícia Civil não estarem integradas com a Polícia Federal.
No protesto, o diretor Jurídico do Sindpol, Stélio Pimentel, chamou a atenção para ao elevado índice de violência do Estado, que segundo o sindicalista, Alagoas estava na terceira posição como o Estado mais violento da Federação, e no governo Téo Vilela passou para primeiro lugar. “Em três anos, foram seis mil assassinatos e 66 mil assaltou e roubos”, informou.
Os policiais militares também reivindicaram que o governo do Estado adote as 40 horas semanais para esses profissionais. O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, afirmou que os militares trabalham em regime de escravidão com cargas horárias abusivas que ultrapassam 50 horas semanais.