Por Imprensa (segunda-feira, 24/04/2017)
Atualizado em 30 de abril de 2018
Mais de cinco mil operadores de segurança pública, convocados pela União das Polícias do Brasil (UPB), participaram bravamente do Dia Nacional da Luta pela Valorização do Profissional de Segurança Pública e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016– da Reforma da Previdência em 18 de abril.
Em um protesto pacífico, o governo federal e o Legislativo partiram para agressões contra os profissionais da segurança pública. O diretor de Comunicação do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, informou que os integrantes da UPB Alagoas já tinham firmado decisão de ocupação do Congresso Nacional com o objetivo de sensibilizar os parlamentares federais a votarem contra a PEC.
Ao tentar protocolizar um documento, pedindo a saída do relator da PEC 287, deputado Arthur Maia, que está envolvido com instituições financeiras, as quais querem implantar a previdência privada, os policiais foram atacados pela Polícia Legislativa que utilizaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. “Com muita luta, coragem e resistência, conseguimos que a Cobrapol protocolasse o documento”, informou Bartolomeu. O confronto começou quanto policiais desceram a chapelaria do Congresso.
Mais de 20 policiais civis de Alagoas, juntamente com representantes do Sindapen e do Sindguarda, participaram da caravana a Brasília em conjunto com outros estados do país. Alagoas, Minas Gerais e outros ficaram na linha de frente da batalha contra a PEC 287.
O Delegado Sindical do Sindpol Petrúcio Carlos disse que o objetivo foi alcançado. “O ato causou efeito nacional e talvez mundial contra essa PEC 287/2016 que retira todos os direitos conquistados por todos trabalhadores de luta deste país”.
O vice-diretor de Comunicação do Sindpol, Jorge Luiz, revelou que os policiais receberam spray de pimenta nos olhos e muitas bombas. “Vários vidros foram quebrados. Foi desesperador. Mas, mesmo assim, enfrentamos a polícia do Senado”.
Para a policial civil Risoleide Cantuaria, o objetivo da manifestação foi alcançado com louvor. “Mesmo não ocupando o Congresso, ainda assim demos o nosso recado”, disse.
De acordo com o Conselheiro Fiscal do Sindpol, Carlos Bispo, a massa de policiais civis, PRF, PF, guardas municipais e agentes de trânsito aguardavam os ofícios que iríamos protocolar, pedindo a saída do relator da PEC por ele ter vínculo com as empresas, que serão beneficiadas com possível aprovação da proposta, “pois essas empresas são exploradoras da Previdência Privada”, alerta.
O diretor Jurídico do Sindapen Samuel Nascimento disse que se os poderes mal-intencionados querem prejudicar os policiais, “imaginem o cidadão comum”.
A 3ª Secretária do Sindpol, Arlete Bezerra, destaca que Alagoas mostrou coragem frente ao Congresso. “Uma simples entrega de um documento no protocolo é vista pelo Governo Temer como afronta. Ele ordenou que se fechassem as portas contra os trabalhadores da segurança pública. Alagoas mostrou ao mundo seus guerreiros à frente da batalha”.
Para o policial civil Jemerson Clauderlan Santos de Lima ressalta que se cada um quiser almejar um futuro próspero, deverá estar unido pela fé e pelos os propósitos do Sindpol-AL.
O policial Otaviano Jorge de Neto disse que todos que fizeram parte da caravana se entregaram de corpo e alma nessa grande batalha. “Apesar dos confrontos ocorridos nós não recuamos um só milímetro dos nossos objetivos”.
O Secretário Jurídico do Sindguarda-AL, Elinaldo Gomes da Silva, parabenizou todos os participantes, pois fizeram história. “Seremos motivo de orgulho nessa caravana e lutaremos pela aposentadoria no tempo justo e que nenhum dos nossos direitos seja usurpado”.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, disse que os participamos cumpriram com o seu papel. “Enfrentamos o poder central do país, promovemos e concretizamos a unidade dos policiais civis de todo o Brasil”.
De acordo com o policial civil José Henrique, a união entre os que fazem parte da estrutura da segurança pública do Brasil é fundamental para lograr êxitos nas reivindicações.
Dever cumprido, foi sentimento manifestado pelo policial civil Vicente Higino de Oliveira. “Esse é o espírito de retorno de Brasília, pois senhores e senhoras policiais civis, nossa caravana foi até o Distrito Federal e fez valer a força e a garra do povo alagoano”, disse.
Veja os depoimentos na integra:
Quero parabenizar os organizadores da caravana de Alagoas: Bartolomeu Rodrigues e Arlete Bezerra. Acredito que o nosso objetivo foi alcançado, não cem por cento, mas causou algum efeito nacional e talvez mundial contra essa PEC 287/2016 (PEC DA MORTE) que retira todos os direitos conquistados por todos trabalhadores de luta deste país. A luta não acaba por aqui! Estamos juntos companheiro da UPB Alagoas! E vamos à luta companheiros!
Delegado Sindical do Sindpol Petrúcio Carlos
Nossa viagem está sendo tranquila. Quanto ao ato, não foi melhor porque não ocupamos o Congresso. Recebemos spray de pimenta nos olhos e muitas bombas. Vários vidros foram quebrados. Foi desesperador. Mas, mesmo assim, enfrentamos a polícia do Senado. Demos nosso recado junto com a Polícia Civil de outros estados.
Vice-diretor de Comunicação do Sindpol, Jorge Luiz
A viagem foi longa, mas muito produtiva. Alcançamos com louvor o nosso propósito, mesmo não ocupando o Congresso, ainda assim demos o nosso recado. Obrigada ao Sindpol na pessoa do Bartolomeu. A mobilização foi emocionante e inesquecível.
Policial civil Risoleide Cantuaria
A viagem foi muito boa. Fomos interagindo com os outros membros, decidindo como iríamos nos comportar lá em Brasília e com todas as delegações. Às 13 horas da terça-feira (18), impreterivelmente, iniciou-se o ato com alguns deputados aliados contra a reforma da Previdência. Eles subiram no trio elétrico e começaram os discursos. Enquanto isso, a massa de policiais civis, PRF, PF, guardas municipais e agentes de trânsito aguardavam os ofícios que iríamos protocolar, pedindo a saída do relator da PEC por ele ter vínculo com as empresas que serão beneficiadas com possível aprovação da proposta, pois essas empresas são exploradoras da Previdência Privada. Quando chegaram os ofícios, fomos ao Protocolo. Chegando lá, a Polícia Legislativa já nos aguardava. O confronto foi inevitável, bomba de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e bomba de efeito moral. Houve a inevitável quebra dos vidros e muitas palavras de ordem.
Conselheiro Fiscal do Sindpol, Carlos Bispo.
Agradeço a todos pelo belo movimento em prol do povo brasileiro, pois se os poderes mal-intencionados querem nos prejudicar, imaginem o cidadão comum. Foi muito bom fazer parte do movimento e agora é não deixar esfriar este clima de indignação e fazer com que ele tome volume e cresça ainda mais.
Seringa
Foi um orgulho ter participado desse movimento juntamente com os parceiros do Sindpol e do Sindguarda contra a PEC 287. Tenho mais orgulhoso pelo resultado positivo para os servidores da segurança do nosso Estado. Cumprimos com nossa obrigação, que é a de lutarmos pelos nossos direitos sempre. Desde já, convocamos os que não participaram a se conscientizar que os direitos são de todos. Agradeço a organização da UPB e a organização do Bartolomeu que está de parabéns pela coragem.
E deixo meus parabéns a todos os companheiros que estiveram nessa luta, pois fizemos história, principalmente, para o nosso Estado. Todos os representados se sintam orgulhosos e bem representados por essa equipe de guerreiros. Não recuaremos nunca. Sempre à frente.
Samuel, diretor Jurídico do Sindapen
Integrar a caravana de Alagoas na cruzada contra a caça aos direitos do trabalhador é participar da história deste país. A aposentadoria é uma conquista do trabalhador, depois muita luta.
Caravanas de todo o Brasil presentes contra esse retrocesso. Alagoas não se acovardou e mostrou coragem frente ao Congresso. Uma simples entrega de um documento no protocolo é vista pelo Governo Temer como afronta. Ele ordenou que se fechassem as portas contra os trabalhadores da segurança pública. Temer mostrou sua intenção com o povo brasileiro. Para o Governo, quem ousar lutar pela preservação dos direitos é rechaçado a bomba de gás, na mais explícita demonstração ditatorial. Fico a pensar na imbecilidade de quem defende ditadura. Como são tolos e pueris. Enfim, Alagoas, a UPB foi a Brasília e cumpriu seu papel, gerou um fato. Alagoas mostrou ao mundo seus guerreiros à frente da batalha. Tenho orgulho de fazer parte desta equipe!
Arlete Bezerra – 3ª Secretária do Sindpol
Foi uma honra ter participado juntos com os meus companheiros de luta dessa batalha contra a PEC 287, onde o campo de batalha foi o Congresso Nacional. Isso mostra a força do Sindpol-AL. Se cada um de nós ter a consciência e se quiser almejar um futuro próspero, deveremos estar unidos pela fé e pelos os propósitos do Sindpol-AL. Porque a luta continua e sempre continuará. Que Deus abençoe todos os polícias civis e seus familiares, amém!!! Bartô, parabéns pela organização da caravana contra a PEC 287/2016.
Jemerson Clauderlan Santos de Lima (Derlan).
Sinto-me bastante fortalecido em relação ao nosso Ato, ocorrido lá em Brasília, saliento que o nosso SindpoL-AL é lutador e guerreiro em prol dos nossos interesses profissionais. Todos que fizeram parte dessa Caravana se entregaram de corpo e alma nessa grande batalha; apesar dos confrontos ocorridos nós não recuamos um só milímetro dos nossos objetivos. Sinto-me fortalecido, orgulhoso e bastante honrado por ter participado desse grandioso Ato.
Policial Civil Otaviano Jorge de Neto
O Sindguarda-AL, na pessoa do seu Secretário Jurídico Elinaldo Gomes da Silva ( Chapolin), cumpriu mais uma vez com louvor suas obrigações com a categoria, lutando juntamente com os Policiais Civis e Agentes Penitenciários, os quais fazem parte da UPB – União dos Policiais Brasileiros contra a PEC 287, essa PEC maldita da reforma da Previdência em Brasília. A UPB Alagoas já tinha firmado o compromisso de fazermos a ocupação do Congresso Nacional para protocolizar o documento, pedindo a saída do relator da PEC 287, deputado federal Artur Maia, pois entendemos que o mesmo esteja envolvido com empresas que tem interesses na implantação de Previdências Privadas em nosso País. Dessa forma, compreendemos que o mesmo não tenha idoneidade ética nem capacidade moral para estar à frente da relatoria de um Projeto de tamanha importância para nosso País. O deputado possui interesses escusos e financeiros para que essa PEC maldita seja aprovada. Ao nos dirigirmos ao Congresso para fazermos a entrega dos documentos com nossas reivindicações, fomos impedidos de entrar e rechaçados pela Polícia Legislativa com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e pancadas de cassetetes. Porém do confronto, cinco companheiros presos, quatro feridos por estilhaços de bomba e incontável número atingidos pelo gás lacrimogênio e spray de pimenta. Conseguimos que os representantes da Cobrapol e o representante da UPB entrassem. Graças a Deus conseguimos protocolar os documentos com nossas reivindicações. Depois de muito protesto e negociação, conseguimos a soltura dos nossos companheiros e a promessa de que não haverá punições para todos nossos guerreiros que estiveram nesse combate. Deixo aqui meus parabéns a todos os companheiros, pois fizemos história. Seremos motivo de orgulho nessa caravana e lutaremos pela aposentadoria no tempo justo e que nenhum dos nossos direitos seja usurpado. Mostramos que estamos dispostos a tudo e que essa guerra irá continuar, pois não iremos esmorecer.
Ao SINDGUARDA, ao SINDPOL e ao SINDAPEN, os meus sinceros agradecimentos pelo apoio e pela força dada aos seus componentes estarem à frente da batalha. À Polícia Legislativa, deixo o meu repúdio e indignação pela truculência sem necessidade contra todos nós.
UM ABRAÇO A TODOS. RUMO AO DIA 28, DIA DA PARALISAÇÃO GERAL CONTRA A PEC DA PREVIDÊNCIA. NÃO VAMOS ABAIXAR NOSSAS CABEÇAS. UNIDOS E SEMPRE JUNTOS, MARCHANDO COM UM SÓ OBJETIVO: A VITÓRIA.
“Nós, policiais civis de Alagoas, que participamos do ato e os que não, puderam vir a Brasília, estamos certo de que cumprimos com o nosso papel. Enfrentamos o poder central do país, promovemos e concretizamos a unidade dos policiais civis de todo o Brasil. Nada de emendar essa PEC, agora é fortalecer o movimento é se preparar parar ocupar e resistir. Objetivo é derrotar a PEC toda”.
Presidente do Sindpol, Josimar Melo.
“A união entre os que fazem parte da estrutura da segurança pública do Brasil é fundamental para que possamos lograr êxitos em nossas reivindicações. É por esse caminho (união e força) que poderemos arrancar nossos objetivos, que é a retirada dos profissionais e as categorias que protegem os brasileiros, doando-se dia e noite para que a paz seja permanente. Nosso sindicato, mais uma vez, mostrou a todos que participaram daquele ato que somos muito bem representados. Infelizmente, mais uma vez fomos atacados com bombas e gás lacrimogênio por alguns covardes que se esquecem que também estão dentro da famigerada PEC da morte”.
Policial civil José Henrique
“Dever cumprido! Esse é o espírito de retorno de Brasília, pois senhores e senhoras policiais civis, nossa caravana foi até o Distrito Federal e fez valer a força e a garra do povo alagoano. No dia 18 de abril, na Câmara dos Deputados, na Capital Federal, fizemos história juntamente com vários policiais civis de todo o Brasil. No momento que estivemos lá, não foi votado nenhum projeto. Não foi colocada em plenário a PEC 287/2016, tão maléfico para os profissionais da Segurança Pública de Alagoas e do país. Quero aqui dizer aos meus amigos, companheiros e, principalmente, aos meus filhos, que fui até Brasília e combati com o apoio do Sindpol o famigerado desmantelamento da aposentadoria especial. Estou cansado, mas muito orgulhoso dos meus companheiros policiais civis”.
Policial civil Vicente Higino de Oliveira
“A delegação de Alagoas, composta por policiais civis, agentes penitenciários e guardas municipais se deslocaram para o ato, convocado pela UPB, em 18 de abril, com o fito de fazer o combate à PEC287 que representa o fim da aposentadoria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras e retira o risco de vida da atividade policial. A UPB Alagoas já tinha firmado decisão de ocupação do Congresso Nacional com o objetivo claro de sensibilização dos parlamentares federais para votarem contra o projeto de lei. Ao tentar protocolizar um documento pedindo a saída do relator da PEC287, deputado Arthur Maia, entendendo que o mesmo não tem caráter moral e idoneidade, por estar envolvido com instituições financeiras que querem implantar as chamadas previdências privadas, nos dirigimos para entrada do Congresso Nacional, infelizmente fomos impedidos de entrar naquela Casa. Ao tentar forçar a entrada fomos atacados com bombas de gás e sprays de pimenta. Porém, com muita luta, coragem e resistência conseguimos que nosso representante da COBRAPOL e outros diretores da Confederação, entrassem, conseguindo protocolar o documento. O Sindpol-AL, o Sindapen e o Sindguarda-AL, todo o reconhecimento, pois mandaram para a luta, companheiros e companheiras dispostas, aguerridos e comprometidos com a Segurança Pública e com povo brasileiro. Fomos guerreiros, juntos a polícias de outros Estados, tomamos a linha de frente e fizemos o enfrentamento. Estamos retornando para nossos lares com a sensação de dever cumprido”.
Diretor de Comunicação do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues