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Por sugestão do Sindpol, Promotora de Justiça reúne representantes para tratar de assédios na segurança pública

Por Imprensa (segunda-feira, 5/10/2020)
Atualizado em 5 de outubro de 2020

A promotora de Justiça Karla Padilha, da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial da Capital, acatou a sugestão do presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Ricardo Nazário, e reuniu os representantes das categorias da segurança pública na sexta-feira (02), para tratar do engajamento na campanha do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) “Mulheres em segurança: assédio, não”.

Além de dirigentes do Sindpol, também participaram do encontro, ocorrido na sexta-feira (02), os representantes da Perícia Oficial, da Associação dos Delegados, das associações dos policiais militares e do Corpo de Bombeiros, que tiveram o objetivo de colaborar com a participação das mulheres da segurança pública na campanha.

A promotora de Justiça agradeceu a sugestão do presidente do Sindpol (que surgiu na reunião realizada com o Sindicato no dia 24 de setembro), e a participação das entidades, juntamente com a professora da Ufal Elaine Pimentel. Karla Padilha citou as consequências do assédio, como tentativa de suicídio, adoecimento, depressão, desmotivação com a profissão. A promotora ressaltou a importância de fomentar o encorajamento feminino.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, disse que as entidades representativas têm que se engajar mais sem ter medo de enfrentar o preconceito, o conservadorismo dentro das instituições e das corporações.

O sindicalista destacou os problemas enfrentadas pelas mulheres policiais civis, como a falta de estrutura, revelando, como exemplo, um caso do CISP de Viçosa, que custou ao Estado em torno de R$ 2 milhões, mas que não havia banheiro feminino para as policiais. Denunciou também a falta de alojamento feminino entre outras barreiras, enfrentadas pelas mulheres.

*Questionário*
A Promotora de Justiça ressaltou que uma quantidade ínfima de mulheres respondeu o questionário: (https://docs.google.com/forms/d/1yLxHIeIt7Sg2xa1_xxkaFaoF5UZJrks1YHMmB97LdvQ/edit)
Karla Padilha disse que toda a mulher da segurança pública, independente se sofreu ou não assédio moral e/ou sexual, deve preencher o questionário, que permitirá um diagnóstico para apurar o assédio dentro das instituições, no caso específico, dentro da Polícia Civil. De acordo com a promotora de Justiça, as respostas aos questionários irão justificar uma série de medidas que serão adotadas nas próximas etapas do projeto.

No encontro, a dirigente do Sindicato dos Peritos Oficiais, Suely Mauricio de Sousa, disse que em caso de assédio a mulher normalmente fica paralisada. Ela citou uma situação constrangedora em uma clínica, e que ela também ficou paralisada, destacando que o assédio é sofrimento e faz a mulher se sentir impotente.

O 1º Secretário do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, sugeriu que as entidades indicassem mulheres, que foram vítimas de assédios, para exporem cada situação aos responsáveis, como forma de apurar mais dados para a campanha.

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