Por Imprensa (sexta-feira, 20/12/2013)
Atualizado em 20 de dezembro de 2013
Com o Palácio República dos Palmares cercado por bombeiros e policiais militares que lançavam bombas à entrada da sede do Executivo, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) cedeu à pressão dos discursos inflamados e da paralisação de mais de 60% do policiamento ostensivo do estado e firmou compromisso com militares e parlamentares para destinar mais recursos para melhorias salariais e para o custeio das atividades da tropa. Projetos de lei neste sentido devem ser aprovados pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE) até a próxima quinta-feira (26). Mas a operação padrão continua até o cumprimento efetivo do acordo.
Oficiais e líderes de associações militares saíram otimistas da reunião que durou mais de quatro horas, na noite de ontem. E disseram ter obtido de Vilela a garantia de R$ 1,9 milhão dos R$ 3 milhões de impacto financeiro para a implantação da equiparação salarial dos coronéis com os delegados da Polícia Civil, que representará um reajuste de até 55%, que beneficiará outras patentes em efeito cascata, até o ano de 2015.
“Finalmente, o governo reconheceu o valor da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros! A decisão é histórica! Porque já lutamos por isso há muito tempo”, disse o coronel Ivon Berto à parte dos mais de 1.500 manifestantes que ainda permaneciam à porta do Palácio, às 22h30 de ontem, e sinalizaram que somente retomam o policiamento normal após a aprovação dos projetos que serão encaminhados à ALE.
Deverá ser votado um realinhamento salarial que se transformou em equiparação salarial com delegados, após a demora de mais de sete meses sem respostas ao acordo proposto em maio pelos militares ao governador.
Gazeta de Alagoas – DAVI SOARES