Por Imprensa (segunda-feira, 11/03/2013)
Atualizado em 11 de março de 2013
As precárias condições de trabalho no serviço público e a violência foram os principais temas do protesto realizado pela Central Única do Trabalhadores (CUT), por sindicatos e movimentos populares no Dia 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres.
O ato público com caminhada se iniciou no Calçadão do Comércio, no Centro, onde estudantes, sindicalistas e servidores públicos realizaram o protesto. Os manifestantes repudiaram a violência contra a mulher alagoana. Alagoas ocupa o ranking de 2º estado brasileiro onde se mata mais mulheres, e a cidade de Maceió está no primeiro lugar com maior número homicídio no país.
Representantes da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres reivindicaram a construção de creches prometidas pela presidente Dilma, contra o Acordo Coletivo Especial, maior eficácia na Lei Maria da Penha e a luta por uma sociedade emancipada. A integrante do Movimento Olga Benário, Indira Xavier, ressaltou que a luta contra a violência é diária, e as mulheres e os homens precisam ser livres da opressão, do machismo e do capitalismo.
Na caminhada, o Sindpol defendeu o funcionamento das delegacias 24 horas e contra o fechamento das delegacias do interior e da capital. Também cobrou a apuração e punição dos culpados pela explosão da Deic, que vitimou fatalmente a sindicalista e policial civil Amélia Dantas.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, agradeceu o apoio dos movimentos sociais, da CUT pelo ato público em homenagem à sindicalista vítima do descaso, das precárias condições de trabalho, da insegurança e do caos do Governo do Estado.
Homenagem
Os manifestantes percorreram as ruas do Centro de Maceió com parada em frente à Delegacia de Defesa das Mulheres 1, onde foi colocada uma placa em homenagem a Amélia Dantas. A presidente da CUT, Amélia Fernandes, e a filha de Amélia, Mayra Dantas, realizaram o lançamento da placa.
Após à DDM1, os trabalhadores seguiram até o Palácio do Governo para realização de ato público. Os representantes das entidades exigiam do Governo do Estado um posicionamento sobre a violência em Alagoas, as condições de trabalho e a pauta de reivindicações já protocolada pelas entidades. A CUT havia solicitado uma audiência com o chefe do Executivo, no entanto, mesmo com o protesto, a reunião não foi agendada.
Participaram do protesto o Sindpol, Sindicato dos Urbanitários, CUT, Movimento Mulheres em Lutas, Macha das Mulheres, Sinteal, Sindprev, Anel, entre outros.