Por Imprensa (quinta-feira, 8/04/2010)
Atualizado em 8 de abril de 2010
Os servidores públicos de Alagoas ocuparam a Secretaria da Fazenda (Sefaz), na manhã dessa quarta-feira, dia 7, para protestar contra o projeto de lei do Governo do Estado que cria as Organizações Sociais (OS), possibilitando a terceirização do serviço público. Os manifestantes também querem que o governo volte a negociar as datas-bases do funcionalismo estadual.
A manifestação contou com as categorias da Saúde, da Educação, de policiais civis, de policiais militares, dos peritos criminais, dos agentes penitenciários, dos trabalhadores rurais sem-terra que se concentraram em frente à Assembleia Legislativa para depois saíram em passeata até a Sefaz.
No ato público, o diretor da Cobrapol, José Carlos Minin, destacou que o momento era histórico para impedir a privatização do serviço público. O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, ressaltou a importância dos servidores públicos estarem presentes na manifestação e exigirem que o governo cumpra as datas-bases e retire o projeto das OSs da Assembleia Legislativa. O sindicalista também reafirmou a unidade das categorias para barrar o projeto de privatização do serviço público.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, Wagner Simas, alertou sobre a insatisfação dos setores do serviço público. De acordo com ele, são necessários 16 mil homens para o policiamento ostensivo quando o Estado tem menos da metade, sendo urgente a convocação da reserva técnica. Simas também mostrou um contracheque de um militar contendo nove empréstimos. “Se fôssemos à polícia mais bem paga do país não precisaríamos recorrer a empréstimos e nem de fazer `bico’ para complementar a renda familiar”.
No início da tarde, os manifestantes saíram da Sefaz em passeata até a Assembleia Legislativa para pressionar os deputados a arquivar o projeto de lei das OSs.