Por Imprensa (quinta-feira, 19/04/2012)
Atualizado em 19 de abril de 2012
O relatório sobre a balança comercial dos estados, divulgado pelo Ministério da Indústria e Comércio (MDIC), apontou que Alagoas obteve uma expansão de 41,25% em participação no mercado externo em 2011.
Os números apontam ainda que as vendas externas passaram de US$ 304,4 milhões, em 2001, para cerca de US$ 1,37 bilhões, em 2011, o que corresponde a um crescimento de 350% do setor. Produtos derivados da indústria da cana-de-açúcar e da indústria química compõem a pauta dessas exportações que, setorialmente, ultrapassou o estado de Pernambuco, que alcançou discretos 7,77%, no mesmo período.
Os principais produtos exportados em Alagoas integram o setor sucroenergético. Alicerce das exportações no estado, dados do MDIC mostram que parte dos principais produtos exportados são do setor, correspondendo a mais de 98% do valor dessas exportações. Segundo o diretor de Estudos e Pesquisas da Secretaria do Planejamento do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Lucas Sorgato, parcerias em prol de estudos na área e fatores climáticos foram responsáveis pelo destaque do setor.
“Os altos índices pluviométricos da última safra contribuíram para a irrigação dos canaviais, o que ocasionou uma produtividade elevada no setor. Além disso, a parceria com a Rede Interuniversitária para o desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), nos últimos dois anos, desenvolveu em torno de 15 variedades genéticas da cana-de-açúcar, estimulando ainda mais a produção”, explica o diretor.
Lucas Sorgato destaca ainda que a interferência externa nessas transações acaba por favorecer os negócios com o comércio exterior. “Os altos preços da commoditie do açúcar possibilitaram o aumento expressivo da receita, apesar do câmbio valorizado. Desde o ano passado o açúcar vem sendo comercializado no exterior pelo maior preço registrado nos últimos trinta anos”, conclui Lucas.
Setor Químico
Já o setor químico, mesmo tendo recuado 81,75% no volume de exportações, ainda corresponde a 0,54% do total do cálculo, ocupando o segundo lugar em desempenho nas exportações alagoanas. De acordo com o diretor, o recuo não expressa fatores negativos, já que pode se tratar de uma estratégia mercadológica.
“O setor da Química e do Plástico de Alagoas é tido como referência no país, se os dados mostram que ela exportou menos, o mais provável é que esteja alimentando diretamente o mercado interno, que atualmente com a expansão do consumo tem se mantido aquecido”, finaliza Lucas.