Por Imprensa (sexta-feira, 23/06/2023)
Atualizado em 23 de junho de 2023
Os últimos acontecimentos envolvendo a saúde mental dos policiais civis ligam o alerta para toda a categoria. Recentemente, a escrivã de Polícia Rafaela Drumond, de Minas Gerais, cometeu suicídio. Ela havia gravado áudios de colegas fazendo assédios contra ela. Em maio deste ano, um policial civil matou quatro colegas de trabalho na cidade de Camocim-CE. Em audiência de custódia, esse policial disse que sofria de assédios e perseguições na Polícia Civil.
Os dados do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho de 2022, mostram que a taxa de suicídios entre policiais da ativa das diferentes corporações no Brasil apresentou aumento de 55,4% no ano passado, com 121 ocorrências. O número é quase oito vezes maior em comparação à população – 7,4%. Na Polícia Civil, o crescimento percentual foi ainda mais significativo: 61,5% de 13 para 21 suicídios.
Os assédios moral e sexual impactam na vida profissional dos(as) policiais civis, com suicídios, violência e desenvolvimento de transtornos psicológicos. Mulheres e homens policiais sofrem com a pressão psicológica, o acúmulo de serviços e funções, falta de materiais e condições inadequadas de serviço na delegacia.
Orientação
Os(as) policiais civis, que sofrem assédios moral e sexual, devem procurar o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) para denunciar. A entidade sindical possui todo aparato para acolher, orientar e proteger o(a) sindicalizado(a). Para evitar o adoecimento mental e físico, é preciso agir imediatamente, procurando o Sindpol para as devidas orientações e medidas cabíveis. O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, ressalta que a luta contra os assédios moral e sexual na Polícia Civil quebrou o paradigma dentro da Segurança Pública em Alagoas. O objetivo do Sindicato é pôr fim a essa prática.