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Sindpol alerta os prejuízos aos policiais civis com a reforma da Previdência

Por Imprensa (sábado, 30/03/2019)
Atualizado em 30 de março de 2019

Preocupado em esclarecer os prejuízos com a reforma da Previdência, PEC 06/2019, a diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizou ato público com café da manhã em frente à Central de Flagrantes, na sexta-feira (29).

Na manifestação, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou que a categoria está sendo bombardeada de informações, o que tornou urgente do Sindicato esclarecer os prejuízos com a reforma da Previdência. “É importante que os policiais civis se juntem com as outras categorias, porque sozinho não vamos conseguir alcançar os deputados e furar o bloqueio no Congresso. As entidades dos operadores de segurança pública, como a Cobrapol, manifestaram-se contra a reforma da Previdência e estão marcando atividades de mobilização em Brasília, para sensibilizar os parlamentares a não votarem a favor da reforma que retira a aposentadoria especial dos policiais.

O sindicalista informou que a reforma da Previdência acaba com a aposentadoria especial dos policiais ao exigir idade mínima, de 55 anos para aposentadoria, com elevação sempre que houver o aumento da expectativa de sobrevida da população brasileira.

O sindicalista revelou o descontentamento dos policiais militares com a reforma e ressaltou que retirando os recursos financeiros da Seguridade Social haverá redução de verbas para as prefeituras. “A reforma é prejudicial para toda a sociedade”, ponderou.

O diretor Jurídico do Sindpol, José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, defendeu a manutenção da aposentadoria especial dos policiais civis, destacando que o policial não é super-herói, e vai adoecer por conta da profissão. “O policial sofre de depressão, alcoolismo, doenças cardíacas ao longo da carreira policial”, disse.

O diretor de Comunicação do Sindpol, Edeilto Gomes, ressaltou que a Previdência Pública é superavitária, informando que o governo federal só divulga a contribuição dos trabalhadores e omite a parte dos empresários, para passar à sociedade que a Previdência é deficitária.

Ele lembrou o impacto negativo financeiro para a família do policial, que morre em atividade. “A família perderá o rendimento de adicional noturno, gratificação e verba de alimentação. A reforma propõe apenas 50% do subsídio do policial, e o rendimento cai mais ainda sem os benefícios”, alerta.

Vicente Higino ressaltou que os policiais civis, federais, militares, rodoviários federais, corpo de bombeiros e todas as categorias serão prejudicadas pela reforma da Previdência. Destacou que no Chile, onde foi implantado o sistema de capitalização, o idoso recebe menos de um salário mínimo. Em consequência disso, há grande número de suicídio de aposentados.

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