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Sindpol cobra reforma na Casa de Custódia para amenizar superlotação de presos nas delegacias

Por Imprensa (quarta-feira, 4/10/2017)
Atualizado em 4 de outubro de 2017

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Ricardo Nazário, recebeu a imprensa em frente à Casa de Custódia do Jacintinho, na terça-feira (03), para denunciar a superlotação de presos nas delegacias e a falta de planejamento do Governo do Estado com a segurança pública.

O dirigente sindical cobrou ao governo do Estado celeridade na realização da reforma da Casa de Custódia e que o imóvel seja entregue ao sistema prisional, não à Polícia Civil.

Ricardo Nazário destacou que o fechamento da Casa de Custódia no Jacintinho e nas delegacias regionais está provocando superlotação de presos na Central de Flagrantes no Farol, na Central de Polícia no Benedito Bentes, no Complexo de Delegacias Especializadas (Code) e nas delegacias municipais. Os locais oferecem risco aos policiais civis e à população. Essas delegacias não têm condições estruturais de manutenção das carceragens, e os policiais civis estão sendo desviados de sua atribuição, que é a investigação.

“A Delegacia Geral está voltando ao passado, retroagindo na política de segurança pública, colocando grades para instalar a carceragem”, disse Ricardo Nazário, informando que o Sindpol esteve no Serveal (Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas) e foi informado de que a reforma está em estudo e não tem uma data para início das obras.

Questionado sobre a insatisfação dos moradores do Jacintinho com o local, Nazário explicou que a Casa de Custódia é um local para prisão temporária, e não é presídio. “A população está correta”, apoiou.

O presidente do Sindpol informou que todos os Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs), com poucos meses de inaugurados ao custo de R$ 1,2 milhão cada, apresentam problemas estruturais e superlotação de presos. O sindicalista informou que existem 140 presos na Casa de Custódia de Arapiraca. “No Cisp de Murici, a carceragem foi interditada. A Justiça limitou o número de até quatro presos. Em Ouro Branco, o Cisp se encontra com 17 presos, quando suporta até quatro. Em São José da Tapera, são 12 presos em condições precárias e desumanas”.

Em Maceió, o 8º DP está com dez presos, a Central de Polícia em Mangabeiras com 8, e a Central de Flagrantes com 20 presos. “Em caso de rebelião, ataques e fugas de presos, Ricardo Nazário indagou quem irá ser responsável: a Delegacia Geral, o secretário de Segurança Pública, o Governador?”, questionou.

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