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Por Imprensa (sábado, 29/05/2021)
Atualizado em 29 de maio de 2021
O Governo de Alagoas expõe o quanto desvaloriza os Policiais Civis de Alagoas com a publicação dos editais da Polícia Militar e da Polícia Civil. A categoria de nível médio tem remuneração maior do que a de nível superior. O resultado desse tratamento é uma categoria revoltada e uma insatisfação geral.
Após dez anos do último concurso público da Polícia Civil, o Governo de Alagoas finalmente atendeu em parte o pleito do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) e publicou o edital do concurso público para agentes e escrivães da Polícia Civil, no Diário Oficial de Alagoas, na sexta-feira (28). Para o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, as 500 vagas abertas substituirão em parte os policiais civis que estão se aposentando na Polícia Civil.
Na luta pelo concurso da Polícia Civil, o Sindpol colocou outdoor nas ruas, pedindo 1.500 vagas, realizou abaixo assinado online e cobra constantemente o pleito nas negociações com o Governo do Estado, denunciando o déficit de mais de 3.000 policiais civis em Alagoas, conforme determina a Lei Estadual nº 5.496/1993, que disciplina o quantitativo de policiais civis nas delegacias.
“O governador tem que concluir a valorização do policial como ser humano, mas ele está construindo Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), comprando viaturas semiblindadas, adquirindo armamento e coletes à prova de balas, mas não supriu o efetivo para as investigações serem céleres e o atendimento na delegacia mais ágil”.
Segundo ele, até o momento, o governador não concluiu a valorização do policial, isto é, a valorização do ser humano. O Governo do Estado de Alagoas não finalizou a valorização dos servidores. “Não adianta o governo comprar equipamentos sem valorizar a pessoa, o ser humano valorizado”.
“Atualmente, 600 policiais civis estão aptos para se aposentarem, e o Governo do Estado está fazendo concurso público para 500 policiais civis”, disse o sindicalista, destacando que a realização do certame é uma conquista do Sindpol. “A entrada de novos profissionais deveria oxigenar a categoria, mas, na verdade, não ocorrerá isso, porque 600 policiais podem se aposentar a qualquer momento, e as 500 vagas não vão suprir essa necessidade”, revelou Ricardo Nazário.
De acordo com ele, os novos policiais civis que chegarão, terão as investigações prejudicadas, visto que o efetivo não será suficiente.
Ricardo Nazário revela que o sentimento do Sindpol é de alegria, misturado com decepção ao Governo do Estado que não atendeu o quantitativo solicitado pelo Sindpol, ou seja, o mínimo de 1000 vagas para os novos policiais. “Fica aí um ponto de esperança para a renovação do quadro da Polícia Civil, mas temos na pauta de reivindicações o reajuste do piso salarial dos policiais civis que o governo do Estado firmou compromisso de concluir as negociações”, disse.
