Por Imprensa (sábado, 22/12/2012)
Atualizado em 22 de dezembro de 2012
A tragédia ocorrida na noite da quinta-feira (20), que vitimou fatalmente a Delegada Sindical do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) Maria Amélia Dantas e machucou mais quatro policiais civis, é resultado do descaso do Governo do Estado que não investe na segurança pública e nem nos serviços públicos de Alagoas.
Além do perigo constante de morrer que esses profissionais estão sujeitos por combater a criminalidade em Alagoas, eles também sofrem com as condições precárias de trabalho que o Estado os impõem.
Amélia Dantas, mãe de dois filhos, estava no plantão na Divisão de Investigação e Capturas (Deic) da Polícia Civil de Alagoas, executando suas funções policiais, quando foi surpreendida pela explosão de artefatos, que derrubou teto e paredes da Deic, soterrando as vítimas.
De acordo com as informações, Amélia Dantas ainda estava viva quando o Corpo de Bombeiros deu início à operação de resgate. Ela teria orientado a equipe do CB no socorro, mas veio a falecer por asfixia. Os quatro policiais resgatados foram: Carlos César, Genival Maurício, Luís César e Amanda Daniela, que sofreram escoriações. Eles foram levados ao Hospital Geral do Estado (HGE).
Ainda, segundo as informações, na Deic continha dinamites, recolhidos durante apreensões pela Polícia de materiais usados nos assaltos à banco. No entanto, a Divisão não possuía nenhuma condição de logística para armazenamento de explosivo dessa natureza.
O descaso tirou a vida de uma profissional e sindicalista atuante. Amélia Dantas sempre esteve presente em todas as atividades de luta, inclusive, denunciando o estado de abandono que se encontra as delegacias do interior. Participou da luta pela aprovação do novo piso salarial dos policiais. Marcou presença na mobilização pela implantação do Plano de Cargos, Carreira e Subsídios, entre outras lutas.
A morte da sindicalista é sentida por todos os policiais civis, amigos, familiares e população, e uma das piores tragédias já registrada na Polícia Civil de Alagoas.
O Sindpol cobra apuração do ocorrido e responsabiliza o Governo do Estado pela fatalidade, pelo sentimento de insegurança e pelas precárias condições de trabalho na segurança pública.
A entidade sindical prestou apoio às vítimas da tragédia. O presidente do Sindpol, Josimar Melo, esteve na Deic, no Instituto Médico Legal e no Hospital Geral do Estado, na noite de ontem (20).
Velório e enterro
O velório da policial civil está ocorrendo no cemitério Parque das Flores. O seu corpo será sepultado às 16 horas, desta sexta-feira (21), no referido cemitério.