Por Imprensa (sexta-feira, 15/01/2021)
Atualizado em 15 de janeiro de 2021
Os policiais civis que foram baleados em confronto com criminosos não receberam nenhuma assistência à saúde, psicológica e social da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP). O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denuncia a situação, tendo em vista, o aumento da violência em Alagoas.
Em menos de duas semanas, três policiais civis foram baleados durante operação policial em confronto com bandidos. Esses policiais não receberam apoio do Estado. Um dos policiais civis, que foi baleado, está se recuperando e sua esposa é gestante de sete meses. “Imagine o susto que ela teve, e ninguém do Estado se preocupou com essa família”, revela o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário.
O presidente do Sindpol ressalta o descaso do Governo de Alagoas quanto à falta de apoio aos policiais civis que estão na linha de frente, combatendo a criminalidade. “Os policiais civis saem de suas residências para trabalhar e defender a população alagoana contra a criminalidade; quando eles têm que revidar e mostrar a força do Estado contra a bandidagem, muitos acabam se ferindo e baleados, e a SSP não dar nenhum suporte ou assistencialismo para o policial civil, que é integrante do órgão estadual. Esse policial voltará às ruas para combater o crime sem ter tido nenhuma assistência”, reclama o sindicalista.
Ricardo Nazário destaca, que em outros estados da Federação, há preocupação com a assistência ao policial civil na parte psicológica, assistência social e de saúde. “No momento da troca de tiros, diante da violência, onde a vida pode ser ceifada naquele instante, fica o trauma psicológico, que pode desencadear para depressão, pânico e até o suicídio”, alerta.
O dirigente sindical ressalta que o Sindpol tem essa preocupação com a saúde dos policiais civis e de sua família. “Sem a atenção à saúde, o policial pode desenvolver distúrbios de ansiedade, comprometendo os aspectos físicos, psíquicos e emocionais, apresentando também o pânico, a depressão, o estresse pós-traumático, o alcoolismo, podendo cometer o suicídio. Tudo isso, o Governo do Estado pode prevenir, prestando assistência aos policiais”, disse.