Por Imprensa (sexta-feira, 3/04/2020)
Atualizado em 3 de abril de 2020
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) ajuizou ação na Comarca da cidade de Camaragibe-PE, requerendo que a Justiça determine que o município realize o teste laboratorial da patologia de covid-19 na policial civil Marilia Penelope e seu marido Jonathas Alves.
A policial civil, que trabalha na Delegacia de Matriz de Camaragibe, apresentou os sintomas (falta de ar, febre alta, dores no corpo, tosse, garganta irritada, diarreia) em Camaragibe-PE, onde reside. Ela procurou a unidade de saúde daquele município, que apenas realizou o teste clínico. O médico emitiu o atestado e pediu para que ela e o marido ficassem em quarentena por 14 dias. A policial civil não passou por exame para comprovar a doença da nova coronavírus, o covid-19.
Buscando preservar a sindicalizada, o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, deu celeridade ao atendimento. O advogado do Sindpol Pedro Andrade informa que a ação, Processo nº 0001083-23.2020.8.17.2420, visa a obrigar liminarmente que o município realize o exame laboratorial e solicita ainda multa diária de R$ 1.000,00 por descumprimento.
O presidente do Sindpol parabeniza a policial civil pelo ato de responsabilidade ao querer fazer o teste, que é um direito do cidadão. “O Sindicato não vai abandonar seus sindicalizados e sempre buscará os meios para proteger, prevenir e dar segurança aos policiais civis”, disse.
Ricardo Nazário faz o alerta para as medidas de prevenção nas delegacias, como ficar a uma distância mínima de 1,5 metro da população, lavar as mãos, usar álcool em gel e máscara.
O dirigente destaca que o Sindpol publicou card com as orientações para resguardar a família policial, a exemplo: colocar roupas e pertences em sacolas separadas: carteira, chave; tomar banho assim que chegar em casa; não compartilhar objetos pessoais; lavar o uniforme; não usar a mesma roupa duas vezes; lavar objetos como chaves óculos e calçados com água e sabão, se possível passar álcool gel 70%; limpar a arma, algemas, cinto de guarnição e o celular com álcool gel 70%.
Situação da policial
A policial e o marido já passaram pelo pior período da doença e se recuperam bem, com a ajuda dos familiares. O marido precisou ficar internado na UTI, mas já retornou para a casa. No isolamento, um toma conta do outro.
A policial e sua família enfrentaram o preconceito da população. Marília e o marido tiveram que ficar longe dos filhos. Ela agradece o atendimento, o apoio e empenho da Samu, que sempre prestou atenção ao casal e seus familiares.