Por Imprensa (quarta-feira, 8/11/2017)
Atualizado em 19 de novembro de 2017
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) denunciará ao Ministério Público, ao Prefeito de Viçosa, ao juiz e à Defensoria Pública que a Secretaria de Segurança Pública está obrigando a transferência dos policiais civis da delegacia regional de Viçosa para o Centro Integrado da Segurança Pública (CISP) da cidade, que não tem espaço para acomodar à categoria.
O Sindpol estará em Viçosa nesta quarta-feira (08), a partir das 9 horas e denunciará a situação. O presidente do Sindpol também convida a população de Viçosa para estar presente em frente à delegacia regional, às 10 horas, onde haverá uma mobilização, objetivando mostrar o caos da segurança pública na cidade.
A situação
O Sindpol constatou que os policiais civis não colocam obstáculo para a mudança de local, mas que o problema se deve à Polícia Militar que ocupou o prédio e tomou conta da única cozinha e de quase todas as salas, além dos alojamentos, deixando apenas três salas para a Polícia Civil, sem banheiro e sem alojamento feminino. A atual estrutura faz com que a Polícia Militar não disponibilize nenhuma outra sala para a Polícia Civil. “Tal situação torna inviável o funcionamento da delegacia regional e o trabalho de outras equipes das delegacias municipais, que tiram plantão na regional”, informa o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, destacando que os policiais civis querem trabalhar, mas não possuem espaço no CISP.
O presidente do Sindpol explica que a Polícia Civil precisa ter mais salas, sendo necessário de mais espaço para a Delegacia Regional, que dará procedimento aos serviços cartorários e de investigações, que competem à Polícia Judiciária, bem como de salas para as delegacias municipais tirarem os plantões.
O Sindpol também constatou que 12 presos terão que ser transferidos ao CISP, mas que não há outra cozinha para fazer a alimentação dos detentos, que é destinada pela Delegacia Geral.
O presidente do Sindpol entende que o CISP de Viçosa evidencia mais um erro de planejamento da Segurança Pública, onde o Governo do Estado deveria consultar todos os operadores da segurança pública da cidade para construir um prédio que acomodasse os policiais civis e policiais militares. “Entendemos que cada vez mais está se consolidando a falta de planejamento e a farsa da integração na segurança pública”, revela Ricardo Nazário.