Por Imprensa (terça-feira, 15/10/2013)
Atualizado em 15 de outubro de 2013
O Sindpol não mediu críticas aos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público pelo caos da segurança pública em Alagoas, no Seminário “Os elevados índices de mortalidade por armas de fogo no Brasil”, ocorrido na Assembleia Legislativa de Alagoas, na última quinta-feira (10).
A sessão púbica reuniu a cúpula da segurança pública e representantes das entidades das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros, além do deputado federal Alessandro Molon, que é 2º vice-presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e presidente da Subcomissão Especial de Controle de Armas, Munições e Explosivos na Câmara Federal.
Do Sindpol, participaram o presidente, Josimar Melo, o vice-presidente Edeilto Gomes, e o diretor Financeiro, Antonio Zacarias. Depois aguardar por mais de três horas, Josimar Melo se pronunciou sobre vários fatos que fazem a segurança não funcionar, como a política de recolhimento de arma. Ele destacou que mesmo que se retira todas as armas, os altos índices de homicídios continuarão. O sindicalista esclareceu que a falta de política pública para mais de um milhão de jovens é um dos itens do caos da segurança. Citou o novo acordo com os usineiros que prevê isenção fiscal. Destacou as denúncias do Sindpol ao Ministério Público sobre o repasse a mais do duodécimo da Assembleia Legislativa, sobre os alugueis de veículos e aeronaves, as reformas superfaturadas nas delegacias, que muitas nunca foram concluídas, mas que foram consideradas regulares pelo MP.
Melo disse também que o Programa Brasil Mais Seguro era uma farsa. Denunciou que a Secretaria de Defesa Social está disponibilizando, nas delegacias regionais, as fitas azuis para serem colocadas nos corpos, que serão levados para o Instituto Médico Legal, as quais tratam de morte clínica, ao invés das vermelhas, que são para morte violenta. A manobra foi vista como forma de maquiar o número de homicídio pelo Governo do Estado.
O presidente Josimar Melo cobrou investimento na segurança pública, valorização do policial civil com o Plano de Cargo, Carreira e Subsídios, política de geração de emprego para a juventude, educação, saúde, transporte público e moradia popular gratuita e de qualidade.
Resposta
O procurador-Geral de Justiça, Sérgio Jucá, pediu direito de resposta. Disse que era uma declaração injustiça. Alegou que encaminhou à Procuradoria da República a denúncia dos decretos que favorecem o não recolhimento do ICMS pelos usineiros.
Ele não se pronunciou sobre as denúncias do sindicato. Disse que ali era um ato político.