Por Imprensa (quarta-feira, 14/04/2021)
Atualizado em 14 de abril de 2021
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) protocolou o Procedimento nº 000539.2021.19.000-1 no Ministério Público do Trabalho pela normatização do trabalho dos escrivães de Polícia e contra o trabalho excessivo.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, denuncia que a Polícia Civil não tem uma normatização, além de não oferecer condições de trabalho aos escrivães de Polícia, os quais enfrentam carga de trabalho excessiva e desumana. “Ao terminar um procedimento policial, o escrivão já começa outro. Não há uma norma para uma pausa, um momento de descanso da mente para começar outro procedimento policial”, afirma Ricardo Nazário, acrescentando que eles realizam procedimentos por 24 horas e acumulam trabalho sem ter descanso.
Por conta do esforço repetitivo e das precárias condições de trabalho, muitos escrivães estão desenvolvendo síndrome do esforço repetitivo (LER), dores nas mãos, nas costas e nos punhos, tendinite, cansaço físico e mental, estresse, além de depressão e crise de ansiedade
Ricardo Nazário reforça que o Sindpol entende existir a carência de pessoal, mas ressalta como mais grave a falta de normatização para o desenvolvimento do dia a dia do trabalho dos escrivães e para que os superiores entendam as questões específicas que a profissão exige e o corpo do profissional precisa.
O sindicalista destaca também a necessidade de um ambiente com medidas de ergonomia, período de descanso, que visam preservar a saúde física e mental desses profissionais.