Por Imprensa (quinta-feira, 18/03/2021)
Atualizado em 18 de março de 2021
Delegada-geral Adjunta se compromete dar retorno ao Sindpol até sexta-feira (19)
Vários policiais civis informaram ao Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) que estão sendo obrigados a fazer ronda sob ameaça de cortar o adicional da categoria. De acordo com as informações, os delegados não estão indo para a ronda.
Para entender o que está ocorrendo, a diretoria do Sindpol se reuniu com a delegada-geral Adjunta, Kátia Emanuelle, na quarta-feira (17), na Delegacia Geral.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, informa que o Sindicato discorda desse trabalho de realização de rondas pela Polícia Civil, esclarecendo que o policiamento ostensivo é uma atribuição da Polícia Militar. “A Polícia Civil já não tem efetivo para estar trabalhando nas suas atribuições como nos inquéritos policiais. E para prejudicar, é colocada essa obrigatoriedade ao policial de estar fazendo ronda”, contesta.
Outro questionamento foi sobre policiais com idades entre 60 a 65 anos estarem nessas rondas. “É muito preocupante essa medida da diretoria da Capital, porque está atrapalhando e prejudicando os trabalhos nas delegacias de Polícia de Maceió”, revela.
Com relação ao questionamento de que delegados não estão indo às rondas, a delegada-geral Adjunta justificou que os delegados estão indo reforçar a Delegacia de Homicídios, e os agentes e escrivães das delegacias estão somando-se ao trabalho desempenhado pela Oplit e pela Asfixia.
Com os questionamentos do Sindpol, Kátia Emanuelle se comprometeu a se reunir com o Delegado Geral e avaliar toda a situação, bem como do desfalque que acontece nas delegacias.
“Essa questão da pandemia tem que ser levada em consideração devido às pessoas com comorbidades e idosas fazendo rondas”, disse o sindicalista, acrescentando que a delegada-geral Adjunta também informará como ficará o horário que estão sendo realizadas as rondas.
Segundo a delegada, como as delegacias da Capital estão fechadas à noite, os policiais civis teriam que fazer essas rondas para ter direito ao adicional.
A delegada-geral adjunta se comprometeu a dar retorno ao Sindpol nesta sexta (19).
*Orientação do Sindpol*
O Sindpol orienta os policiais civis que não realizem nenhuma atividade sem ter uma escala definida por uma autoridade, assinada pela Delegacia Geral ou Delegado imediato para que o policial esteja acobertado juridicamente de qualquer problema que venha a surgir.
“O policial que for convocado para a ronda, exija do delegado imediato uma ordem de missão do trabalho ou exija uma escala assinada pela autoridade policial imediata. O policial não pode estar exercendo função ou algum tipo de trabalho sem ter respaldo jurídico. Não pode fazer ronda só por indicação porque alguém mandou, sem nenhum documento que resguarde o policial civil”, adverte Ricardo Nazário.
O presidente do Sindpol reforça que os policiais civis em qualquer atividade, principalmente, fora de suas delegacias de origem, devem solicitar e exigir a ordem de missão do delegado.