Por Imprensa (quinta-feira, 1/11/2012)
Atualizado em 1 de novembro de 2012
O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizou ato público de repúdio contra a violência cometida por integrantes da Força Nacional, envolvidos na prisão arbitrária do policial civil, ocorrida no dia 20 de outubro. A manifestação aconteceu, na manhã desta quinta-feira (01), em frente à Academia de Polícia Militar, no Trapiche da Barra – local onde funciona a base militar da FN.
O Sindpol teve dificuldade para entregar um documento que pede apuração e punição exemplar aos sete policiais, incluindo o capitão Frederico que comandou a operação. O Corregedor Geral da Força Nacional Jun Sukekaova acompanhou o presidente do Sindpol, Josimar Melo, até a base da FN para facilitar a protocolização do expediente.
Na manifestação, o vice-diretor de Comunicação, Jorge Luiz, repudiou a arbitrariedade da Força Nacional, ressaltando que uma coisa é lidar com cidadão, e outra é abordar o bandido. “O nosso compromisso é zelar pela sociedade alagoana. Não vamos admitir que Força nenhuma venha nos desrespeitar”, desabafou.
O diretor Financeiro do Sindpol, Antonio Zacarias, afirmou que a falência da segurança pública é geral, e os números de homicídio continuam elevados em Alagoas. “O descaso é generalizado”, disse.
De acordo com as informações do comandante da Força Nacional, Capitão Gondim, três militares já foram afastados, mas ainda faltam quatro. No documento, o Sindpol também solicita o desligamento dos envolvidos na FN.
O vice-presidente do Sindpol, Edeilto Gomes, destacou que o ato público também contempla as vítimas de arbitrariedade da Força Nacional. De acordo com Josimar Melo, desde que a Força Nacional se instalou no Estado, em 2007, esse tipo de abuso de poder é registrado.
Caso
O policial civil estava em um churrasquinho com parentes, no dia 20 de outubro, no bairro do Jacintinho, quando foi abordado pelos integrantes da Força Nacional. Na ocasião, ele se identificou e entregou arma e documentos, mas, mesmo assim, o militar exigiu que o policial civil colocasse as mãos na cabeça. Ele questionou a operação e foi preso, conduzido à Central de Polícia. No percurso, dentro da viatura, o agente teve suas mãos pressionadas por policiais da Força Nacional, por cerca de 10 minutos, que provocaram hematomas.