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Sindpol sensibiliza vereadores contra fechamento de delegacias à noite

Por Imprensa (sexta-feira, 19/05/2017)
Atualizado em 19 de maio de 2017

A diretoria do Sindpol participou de uma sessão na Câmara Municipal de Maceió para solicitar o apoio contra o fechamento das delegacias distritais do 1º DP, 3º DP, 6º DP e 22º DP à noite. A intervenção do Sindicato foi positiva com agendamento de uma sessão pública sobre Segurança Pública no dia 9 de junho. O presidente da Câmara, Kelmann Vieira, e o líder do PMDB, Galba Neto, comprometeram-se a realizar uma reunião com o secretário Lima Junior.

Intervenção do Sindpol

Na sessão, realizada na tarde da quinta-feira (18), o vice-diretor Jurídico do Sindpol, Ricardo Nazário, destacou a importâncias das delegacias distritais de Maceió, ressaltando que é o primeiro atendimento da população em caso de violência, além de ser o local de acolhimento do cidadão. Nazário destacou que o Estado não investe nas investigações. “O que acontece hoje é uma ingerência. Quando ocorre um fato em um bairro, ocupa-se o local, coloca-se o aparato policial, depois de uma semana, o bairro está abandonado. Recentemente, ocorreu um assassinato na orla da Ponta Verde. Descobriu-se que o assassino já tinha cometido quatro homicídios. Se houvesse investimento na investigação, o crime poderia ter sido evitado”, revelou.

Nazário também disse que não existe uma política de segurança pública a curto, médio e longo prazo. “O que existe é o famoso ‘enxuga gelo’, que reduz o índice da criminalidade em um mês, mas dispara novamente no outro mês. Sabemos que as comunidades são carentes de saúde, educação, geração de emprego, e fechando as delegacias à noite é um serviço que o Estado está retirando. As delegacias têm que ser abertas 24 horas. A Secretaria de Segurança Pública também tem que acabar com a usurpação da função do policial civil, que é a investigação, pela Polícia Militar”.

O sindicalista também questionou quem será responsável pelos inquéritos, armas e materiais de apreensão. “Pode ocorrer invasão de delegacias, já que não há policial à noite e, por exemplo, alguém rasgar o inquérito, acabando com o trabalho da Polícia Civil”, disse.

Sessão Pública

Após a intervenção do Nazário, o vereador Francisco Sales, entendendo a urgência da matéria, agendou uma audiência pública para discutir Segurança Pública no dia 9 de junho, às 9 horas, na Câmara de Vereadores.

O vereador Kelman Vieira também destacou que a atribuição da Polícia Civil é diferente da Polícia Militar. Disse que não há uma integração quando uma polícia faz atribuição da outra, citando a investigação pela Polícia Militar. Revelou que estão querendo acabar com a Polícia Civil. Questionou o porquê de o governo não realizar concurso público para a Civil.

O vereador Silvânio Barbosa também provocou o líder do PMDB, vereador Galba Neto, para que ele marcasse uma reunião com o secretário de Segurança Pública, Lima Junior, e o Delegado Geral, Paulo Cerqueira, antes da realização da audiência pública. Galba Neto e o presidente da Casa, vereador Kelmann Vieira, disseram que irão fazer os contatos. Barbosa chegou a afirmar que não irá participar da audiência, caso o secretário Lima Junior não compareça à sessão.

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