Por Imprensa (quinta-feira, 3/08/2023)
Atualizado em 7 de agosto de 2023
A diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas – Sindpol se reuniu com o secretário de Segurança Pública, delegado Flávio Saraiva, na terça-feira (01/08), para tratar das demandas da categoria, incluindo o piso salarial, que é o segundo pior do Brasil, além das reivindicações dos policiais civis e, consequentemente, propostas de melhorias à instituição.
Um dos primeiros assuntos abordados, pelo presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, foi sobre o piso salarial. Ele explicou que o sindicato está buscando um canal de diálogo com o governador para tratar da demanda e dar início às negociações. O sindicalista pediu sensibilidade do secretário para acompanhar de perto o processo. “Outras categorias já estão se movimentando, se não nos mobilizarmos, nosso piso salarial ficará ainda mais desatualizado em comparação aos outros Estados”, destaca.
Outro ponto discutido foi sobre o Serviço Voluntário Policial (SVP), que na minuta do projeto anterior, não contemplava justamente os valores pelas horas trabalhadas do policial civil. O presidente do Sindpol esclareceu que pela cota, os agentes e escrivães de polícia não tirariam plantões suficientes em relação aos delegados, o que seria duplamente injusto.
Verba de vestimenta e reajuste da verba de alimentação, também foram assuntos tratados na reunião. O presidente explicou que a direção do Sindpol esteve na Secretaria da Fazendo e foi informada que o projeto já estava instruído e pronto para encaminhamento necessário. Entretanto, até o momento, não havia sido implantado.
Sobre a verba de vestimenta, o vice-presidente, Jânio Barbosa, explicou que o último processo foi aberto pelo Sindpol. “Durante dois anos, conseguimos o dinheiro para a verba de vestimenta, infelizmente o processo não foi implantado. Agora, gostaríamos que o senhor desse início a um novo processo”, solicitou o dirigente.
Delegacias e os Centros Integrados
Foram discutidos os problemas estruturais, como por exemplo, banheiros e alojamentos específicos para atender as mulheres policiais civis. “Elas são obrigadas a utilizarem ambientes comuns”, apontou a diretora do Sindpol, Selma Maria.
Ainda sobre as delegacias, o Sindpol mais uma vez, lembrou de graves problemas, como insalubridade, falta de materiais de trabalho e estruturas inadequadas, acúmulo de material apreendido. “A diretoria do sindicato passou os últimos dias, visitando os 102 municípios de Alagoas para realizar um relatório sobre as delegacias, que será enviado à Delegacia Geral e ao Poder Público”, destacou o sindicalista Bartolomeu Rodrigues.
Outro assunto abordado foi a prerrogativa dos policiais civis, que permite a entrada em eventos com posse arma, visto que alguns estabelecimentos do ramo de eventos e casas de shows estão desrespeitando.
O presidente do Sindpol citou a Portaria que se destaca no Art. 8º: “O policial civil, em razão de suas funções institucionais, é autorizado a portar arma de fogo de propriedade particular, ou fornecida pela Polícia Civil, em serviço ou fora deste,) em local público ou privado, mesmo havendo aglomeração de pessoas, em evento de qualquer natureza, tais como no interior de igrejas, escolas públicas, estádios desportivos e clubes, em todo território nacional”.
Ao fim da reunião, o secretário citou as dificuldades orçamentárias, mas disse tentar encontrar soluções para as questões. Sobre o questionamento do piso, Saraiva ficou de informar um posicionamento até quinta-feira (03/08)