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"Status de lugar mais violento do Brasil, coloca tudo isso em risco", diz revista inglesa

Por Imprensa (quinta-feira, 6/10/2011)
Atualizado em 6 de outubro de 2011

Alagoas foi destaque na edição de quinta-feira (09) na revista inglesa The Economist, uma das mais importantes do mundo. A reportagem aponta Alagoas como a capital mais violenta e pobre do país.


Confira parte da matéria:


Violência continua, mas em diferentes lugares


O caminho de Maceió, capital do estado de Alagoas, para seu aeroporto, passa por luxuosas concessionárias e lojas que vendem jacuzzis. No meio disso, famílias indigentes vivem em barracos de lona. Até mesmo para a média do nordeste brasileiro, Alagoas possui uma taxa alarmante de pobreza e de extrema desigualdade. Com 107 assassinatos por 100 mil pessoas, Maceió também é a capital mais violenta do Brasil, e com 60 assassinatos por 100 mil habitantes, Alagoas também é o estado mais violento do país (veja a tabela). No lugar do açúcar e do gado, onde os bóias-frias acertam as contas com punhos e facões e os poderosos saem impune usando assassinos contratados.


Sol brilhando o ano inteiro, lindas praias e recifes de corais fazem com que o turismo ofereça a Alagoas uma melhor chance de desenvolvimento. Mas o status de capital do crime Brasileira põe tudo isso em risco. O governo tenta desesperadamente esclarecer que alagoanos estão matando alagoanos, e não visitantes. E nas favelas e não nos pontos turísticos. Vitimas e assassinos são muitas vezes indistinguíveis: Desempregados, analfabetos, jovens viciados em drogas (crack), diz Jardel Aderico, secretário estadual da promoção da paz (Sepaz), cujo título do cargo representa uma aspiração.


A taxa de homicídios no Brasil praticamente não variou na ultima década, ficando em torno de 26 assassinatos por 100mil habitantes. Mas a geografia dos crimes mudou, observa Julio Jacobo Waiselfisz do Instituto Sandari, um instituto de pesquisa sediado em são Paulo. Em 1998 São Paulo e Rio de Janeiro tinham taxas de violência acima da média; Alagoas não. Melhor policiamento e o crescimento econômico fizeram com que a taxa de homicídios fosse reduzida em 2/3 em São Paulo e 2/5 no Rio ao longo da década. Os criminosos foram espremidos para fora de suas antigas fortalezas e seguiram o trajeto do dinheiro nos novos pólos de desenvolvimento industrial e turístico.


 

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