Por Imprensa (sexta-feira, 19/02/2021)
Atualizado em 19 de fevereiro de 2021
Veja a entrevista:
_O Sindicato da Polícia Civil de Alagoas (Sindpol) foi uma das entidades a ingressar com ações contra a cobrança aos servidores, tendo, inclusive, ganho na Justiça a isenção da contribuição previdenciária para os aposentados e pensionistas da Polícia Civil de Alagoas, até o teto do Regime geral da Previdência Social – RGPS (no valor de R$ 6.101,06). Para Ricardo Nazário, no entanto, o recuo do governador ainda é incerto, já que, até o momento, nada foi apresentado aos alagoanos. “Existem muitos rumores, porque o governador até agora não se posicionou de que forma será isso. Existem rumores de que o desconto será escalonado, outro que será mantido acima do teto previdência, outro que parte será de servidores que recebem acima dos três salários-mínimos. São muitos rumores e a gente não sabe ainda”.
Para Nazário, a visão do Sindpol, no tocante aos servidores ativos, é que o governo deve anular o desconto de 14% e voltar a descontar os 11% de antes, para os que recebem acima do teto da previdência. Ele cobra do governo o estudo que o Estado usou para chegar até esse percentual. “É um dos questionamentos que a gente faz. Qual é o verdadeiro rombo da previdência que o governo diz que tem? A gente não sabe se é verdade, se existe esse rombo, porque a desculpa para aumentar o desconto era esse rombo e até agora o governo não apresentou isso à Assembleia e os deputados aprovaram assim mesmo. Devido a falta desses dados, o Sindpol é contra esses 14% e defende que deveria ficar os 11% para os que recebem acima do teto. Ele disse que vai recuar, mas de que forma, é isso que queremos saber”, ressalta. É unânime entre as categorias que a reforma da previdência e o desconto dos servidores, principalmente, dos aposentados, deixou muita gente em uma situação difícil.
“Os servidores que têm isenção, aqueles que têm doenças crônicas, não pagavam e ele taxou esses servidores também. Servidores que precisam comprar remédios, e os servidores que ganham acima de um salário-mínimo, que na regra antiga não era descontado. Ele sacrificou o servidor público, visto que ele não tem dado a reposição inflacionária dos servidores. Não pedimos aumento do salário, mas a reposição e ele não dá, e mete a mão em 14% do salário do servidor. Fica difícil a vida do servidor. A gente vem lutando pela reposição da inflação, ele não deu aumento nenhum a servidor. Se alguma categoria recebeu, foi reposição”, alega Nazário. A vice-presidente do Sinteal pondera que será difícil conseguir que o governo volte atrás no desconto dos servidores ativos. “É essa reforma previdenciária que está sendo imposta aos estados pelo Governo Federal, está na Constituição, não acredito que seja possível reverter, acontece que, em Alagoas”, finaliza._