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Violência é reflexo da falta de políticas estaduais, diz coordenador do Gecoc

Por Imprensa
Atualizado em 2/10/2013

Alfredo Gaspar de Mendonça diz que Plano Brasil Mais Seguro está fracassado em Alagoas justamente pela ausência de ações locais

O promotor de Justiça e coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça, afirmou, na manhã desta quarta-feira (2), em entrevista à Rádio Gazetaweb, que o Plano Brasil Mais Seguro está “falido”. Ele aponta como causa do fracasso a falta de uma política estadual de segurança que combata sistematicamente a violência, otimize as áreas da saúde e educação e conceda “incentivos” aos agentes da segurança pública que atuam diretamente na investigação, abordagem e prisão dos criminosos.

Mendonça argumenta que há disparidade entre os números apresentados pelos governos estadual e federal e o aumento crescente da criminalidade, refletida em homicídios, sequestros, assaltos e roubos a estabelecimentos comerciais a qualquer hora do dia.

“A tropa está desmotivada e o Brasil Mais Seguro falido. É preciso, também, uma reestruturação das penas aplicadas a autores de crimes hediondos, mas a realidade não muda porque só observamos rigorosidade nos crimes de clamor público”, afirmou.

De acordo com o promotor, a sociedade ainda é vitimizada no que diz respeito a roubos de veículos sob o comando de reeducandos do sistema prisional, ou seja, é grande o número de aparelhos celulares nas dependências de celas. Apesar do fato, o problema é antigo e Alfredo Gaspar frisou ter feito um apelo ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), durante a primeira reunião do Grupo de Gestão Integrada (GGI).

“Fiz a solicitação para a retirada de todos os equipamentos eletrônicos que facilitam a comunicação entre comparsas, o que acabou gerando quadrilhas especializadas em roubos na capital e no interior do estado. Portanto, é preciso que o presídio se cale; caso contrário, não haverá eficácia”, destacou Alfredo ao comentar que recepciona diversos telefonemas direto do sistema penitenciário.

Gazetaweb

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