Por Imprensa (terça-feira, 2/04/2013)
Atualizado em 2 de abril de 2013
Reportagem aponta dados alarmantes nas policiais, IML e presídios
Com a manchete ‘A mais violenta, Maceió tem áreas proibidas’, a equipe de reportagem aponta os motivos que levaram o estado a liderar rankings de assassinatos, como a carência de policiais e as deficiências nas investigações.
“Nos últimos dez anos, a cidade assistiu a uma explosão no número de homicídios. No período, a taxa de homicídios em Maceió subiu 144%, enquanto o conjunto das capitais teve queda média de 18%. De oitava capital mais violenta do país em 2000, Maceió passou ao topo do ranking dez anos depois. A taxa de homicídios é de 110,1 por 100 mil habitantes -quatro vezes a taxa nacional, de 27,4”, informa a publicação.
Segundo a reportagem, ao tentar conhecer o bairro do Vergel do Lago e a região do Vale do Reginaldo, locais conhecidos pelo aterrorizante índice de violência, o jornalista do veículo de comunicação fora informado por um taxista do acesso proibido. Ele se negou a entrar no bairro do Vergel do Lago, descreve.
A Folha destaca que o número de Policiais Militares e Civis, atualmente, é insuficiente para atender toda população alagoana. A histórica falta de estrutura do Instituto Médico Legal (IML) também é apontada, além da falta de vagas nos presídios alagoanos. Outro dado alarmante tem relação com o número de homicídios investigados de 2005 a 2008, apenas 7,5%.
Na publicação, é apontada a morte do médico Alfredo Vasco, no ano passado, durante um assalto, como o estopim para o pedido de ajuda federal. “Dois dias após o assassinato, em maio, uma multidão saiu às ruas pedindo paz em Alagoas. O Estado recorreu ao Ministério da Justiça. Um mês depois foi lançado o Brasil Mais Seguro, com o objetivo de conter os homicídios”, explica.
Furto de armas apreendidas
À reportagem da Folha a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, revelou que no passado recente as armas apreendidas pelos Policias voltavam às ruas devido à falta de estrutura. Segundo ela, a realidade mudou e hoje as armas são trancadas em uma sala monitorada com 24 horas com câmeras.
O que diz o Estado
“Os homicídios em Maceió caíram 20,5% de 2011 para 2012, após 12 anos de crescimento, afirma a Secretaria Estadual da Defesa Social. Foram 753 casos no ano passado, ante 947 em 2011. No período de vigência do programa federal Brasil Mais Seguro, diz a pasta, a queda das mortes violentas foi ainda maior –23% em comparação com período anterior”, cita a publicação, como a versão apresentada pelo governo.
No entanto, durante entrevista à imprensa alagoana, Miki admitiu que os números estão abaixo do esperado e que poderiam ser mais expressivos, dado o aparato disponibilizado. Miki chegou a afirmar que há “falhas pontuais na execução do programa, que estão sendo corrigidas”.
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