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Ministério da Justiça divulga pesquisas na área de Segurança Pública

Por Imprensa (quarta-feira, 20/02/2013)
Atualizado em 20 de fevereiro de 2013

O objetivo dos estudos é auxiliar a política pública de segurança no desenho de diagnósticos para distribuição dos recursos aos estados e municípios

O Ministério da Justiça divulgou na terça-feira (19), uma série de pesquisas na área de segurança pública, cujos resultados irão definir as políticas públicas do setor em todo o País, conforme o Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública e Justiça Criminal (Sinesp).

O objetivo dos estudos é auxiliar a política pública de segurança no desenho de diagnósticos para distribuição dos recursos aos estados e municípios.

Durante o lançamento dos estudos o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse que “a falta de gestão em segurança pública é um problema maior do que a carência de recursos na área”.

Os dados revelaram que os Estados de Santa Catarina, Amapá, Piauí e Roraima, não contribuem para subsidiar de informações o Sinesp. Há outros que por sua vez quando o fazem são com informações sem nenhuma qualidade. Apenas 15 Estados produzem dados de boa qualidade.

Estrutura
Em relação à estrutura, a pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública dá conta de que em 11 Estados há mais armas do que policiais.

No Amazonas e no Rio Grande do Norte, por exemplo, a média é de uma arma para dois policiais militares.

Nos estados do Espírito Santo, Paraná, Distrito Federal e São Paulo há mais coletes à prova de bala do que policiais. Entretanto, no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Piauí e Paraíba, conforme a pesquisa há um colete para cada quatro policiais.

Em Roraima, nenhuma unidade da PM tem acesso à internet. Em Mato Grosso e Piauí, 56% das unidades policiais não possuem acesso à rede. Em Alagoas, Amazonas, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte, esse índice chega a 50%.

Polícia Técnica
A pesquisa o Diagnóstico da Perícia Forense no Brasil, revela que na maioria dos Estados, a polícia técnica – responsável pelas provas nos processos criminais – está sucateada.

A maioria dos Institutos Médicos Legais (IML) estão localizados nas capitais. Conforme a pesquisa mais de 20 mil processos estão sem laudos criminais, além de outros 30 mil laudos de necrópsia não concluídos.

Mulheres
A Pesquisa Mulheres em Segurança Pública revela que os assédios moral e sexual permanecem quase uma rotina nos quartéis militares e delegacias de polícia.

Antônio Cruz/Agência Brasil

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