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Eleições 2022: Cobrapol impetra mandado de segurança contra decisão do TSE
Cobrapol quer garantir que PCs possam adentrar aos locais de votação portando arma de fogo

Por Imprensa (segunda-feira, 26/09/2022)
Atualizado em 26 de setembro de 2022

Entidade sindical máxima representativa da categoria policial civil no Brasil busca garantir que os policiais civis de todo o país possam adentrar aos seus locais de votação portando arma de fogo, sem necessidade de estarem em serviço e sem autorização específica.

A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) compreende que, aos policiais civis, deve ser garantido o direito de portar arma de fogo em todo o território nacional todos os dias da semana e durante 24 horas. O porte de arma dos policiais civis é direito fundamental inerente à natureza da sua profissão, tendo em vista a complexidade e tamanha periculosidade das atividades desenvolvidas por estes profissionais.

Entretanto, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram proibir a circulação de pessoas portando armas nos locais de votação, nas seções eleitorais e em outras localidades eleitorais no dia da eleição. Assim, nestes locais não será permitido o porte de armas no dia, nas 48 horas que antecedem e nas 24 horas que sucedem o pleito, no perímetro de 100 metros.

Diante do caso, a Cobrapol impetrou mandado de segurança coletivo preventivo em face do ato praticado pelo TSE que objetiva garantir aos policiais civis de todo o território nacional o seu devido porte de arma, exercendo sua cidadania inclusive no momento de votar.

“Embora tecnicamente os policiais civis tenham um horário de serviço a cumprir, por força de leis específicas, esse profissional da área de segurança pública sempre estará em serviço. Além disso, mesmo que o policial civil esteja de folga, ele não deixa de ser policial. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública do ano de 2022 aponta que 77,4% das violências em geral cometidas contra os policiais ocorrem quando estão fora de serviço”, destacou Adriano Bandeira, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol).

O próprio Código de Processo Penal determina que se o agente de segurança se deparar com algum cometimento de infração penal deverá imediatamente tomar as medidas necessárias para prender o infrator em flagrante. “A retirada do direito de porte de arma do policial civil na votação das eleições deste ano pode contribuir, mesmo que indiretamente, para que a violência contra o policial civil aumente. Então estamos requerendo que todos os policiais civis de todas as unidades da Federação possam adentrar aos seus locais de votação portando arma de fogo, sem necessidade de estarem em serviço nem autorização para tanto”, completou Adriano Bandeira, presidente da Cobrapol.

Cobrapol aguarda decisão do STF

O primeiro turno das eleições ocorre no próximo dia 02 de outubro, então a Cobrapol e os policiais civis de todo o país aguardam resultado da situação pleiteada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). “A Cobrapol compreende ser indiscutível que o porte de arma dos policiais civis é algo indispensável, tendo em vista que estes profissionais são vítimas diuturnas da violência e criminalidade existente em todas as regiões do nosso Brasil”, concluiu Bandeira.

Cobrapol

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