Por Imprensa (quinta-feira, 16/04/2015)
Atualizado em 16 de abril de 2015
Mais de três mil pessoas realizaram grande protesto contra o PL 4330/2014 que libera a terceirização de todas as áreas dos serviços público e privado, na quarta-feira (16).
A concentração ocorreu em frente ao Cepa – Centro Educacional de Pesquisas Aplicada (antigo CEAGB), contando com a participação dos movimentos sociais, centrais sindicais, sindicatos, estudantes, trabalhadores rurais sem-terra e sem-teto, trabalhadores da rede privada e servidores públicos.
Do Cepa, os manifestantes saíram em passeata, realizando vários atos públicos. O primeiro ocorreu em frente à Caixa Econômica Federal, que teve o objetivo de protestar contra a proposta de privatização da instituição bancária pública. A segunda manifestação se deu em frente à Casa da Indústria, onde os protestantes puderam manifestar a indignação contra o PL 4330, que foi aprovado na Câmara Federal, e terá consequências gravíssimas aos trabalhadores, como a demissão em massa em substituição dos trabalhadores com carteira assinada por terceirizados, que ganham os piores salários e não possuem a garantia dos direitos trabalhistas.
No Centro de Maceió, os manifestantes conquistaram o apoio dos comerciantes que fecharam as lojas em ato contra o PL da terceirização.
Já é comum na Justiça do Trabalho situações em que as empresas terceirizadas desaparecem, deixando sem cobertura os contratados. A empresa contratante emprega a força de trabalho, mas não se sente por ela responsável.
As estatísticas comprovam que o número de acidentes do trabalho e de doenças em razão do trabalho é muito maior entre os trabalhadores terceirizados. Além disso, nas empresas terceirizadas são registrados os casos mais graves de trabalho degradante, como o trabalho escravo e o trabalho infantil. “É preciso dizer não ao PL 4330. Impedir sua aprovação no Congresso”.
O PL 4330 também prejudica a organização sindical dos trabalhadores, impedirá a realização de concurso público.
O avanço do PL 4330 é um verdadeiro retrocesso na história das conquistas da classe trabalhadora. O presidente do Sindpol, Josimar Melo, esclarece que a proposta poderá permitir que a investigação corre o risco de ser privatizada. “Todos os trabalhos desenvolvidos pelos policiais sejam terceirizados”, alerta, ressaltando que a o protesto mostra a unidade dos trabalhadores urbano e do campo, trabalhadores da rede privada, servidores e estudantes contra esse ataque aos direitos trabalhistas.
O diretor de Comunicação do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, destacou que sua participação no protesto já é pensando no futuro dos seus filhos e direitos trabalhistas estabelecido pela CLT. “Fui para rua contra a PL 4330 que almeja terceirizar os serviços públicos e privados”.
Participaram da manifestação a CUT, a CTB, a CSP-Conlutas, o Sindpol, o Sinteal, o MTS, o Sindipetro, a Anel, os Urbanitários, o DCE-Ufal, o MML, o Sindacs, o Sindjus, o Sindprev, os Bancários, o Sinduneal, o Sindicato dos Servidores do Nível Médio, entre outros.