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Presos do CISP de Murici continuam sem alimentação e sem gás de cozinha

Por Imprensa (quinta-feira, 3/05/2018)
Atualizado em 3 de maio de 2018

O Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) da cidade de Murici continua sem gás de cozinha e sem alimentação para os presos. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) vem denunciando a situação há mais de dois meses e já cobrou das autoridades providências cabíveis.

Um outro problema constatado pelo Sindpol é a quantidade insuficiente de alimentos para os presos. Na inspeção, o Sindpol detectou que o gestor público encaminha alimentação para quatro presos, que é a capacidade da carceragem, no entanto, o local acaba recebendo até 20 presos por semana. Com isso, os mantimentos acabam antes de concluir o mês.

O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, encaminhou ofício ao Delegado Geral, Paulo Cerqueira, solicitando providências sobre as condições precárias, como a superlotação de presos, a falta de alimentos e utensílios, como gás de cozinha e material de limpeza.

O Sindpol também denunciou o descumprimento da decisão do desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, que manteve a determinação do juiz de Murici em favor da ação civil pública da Defensoria Pública, proibindo a custódia de mais de quatro presos no CISP da cidade, bem como, além do fornecimento de alimentação, lençóis, travesseiros e colchões aos custodiados.

Ricardo Nazário também informou a precária situação ao presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa, deputado estadual Galba Novaes, que marcou uma reunião com o Sindpol, o Delegado Geral e o Comandante da Polícia Militar para o dia 17 de maio, após a sessão plenária do Legislativo, para as devidas providências.

Carteira de Identidade
Os policiais civis também estão sendo obrigados a entregar a população a Carteira de Identidade no CISP de Murici-AL, além do desvio de função com a custódia de presos. Com esses serviços, que não são atribuições dos policiais, a elucidação dos homicídios de diversos crimes do Estado é prejudicada. A situação se agrava com a falta de efetivo na Polícia Civil. Há déficit de mais de três mil policiais civis em Alagoas.

Um novo atendimento à população de Murici, no CISP, foi programado pelo Instituto de Identificação neste mês de maio. Ricardo Nazário informa que o Instituto não faz parte da estrutura da Polícia Civil. “O ideal é que o trabalho seja realizado pelo corpo funcional do Instituto de Identificação”, revela o sindicalista.

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