Por Imprensa (sexta-feira, 24/08/2018)
Atualizado em 28 de agosto de 2018
Quatro sindicatos lançaram a Frente Estadual pela Segurança Pública (FESP) durante a entrevista coletiva à imprensa, realizada nesta sexta-feira. Com o objetivo de fiscalizar e cobrar propostas para a área de segurança pública, as lideranças do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (Sinpoal), Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) e Sindicato dos Servidores do Detran de Alagoas (Sinsdal) destacaram a falta de efetivo, como um dos principais problemas, além do orçamento para as reais necessidades da área.
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, revela que o objetivo da Frente é saber as propostas dos candidatos (governador, senador e deputados estadual e federal) para a segurança pública. Ele destacou que os operadores, que estão na ponta da segurança pública, sabem o que realmente necessitam. “A Lei Orçamentária Anual está na Assembleia Legislativa, e não sabemos o que foi disponibilizado à segurança pública”, questiona.
Ricardo Nazário também disse que a Frente irá cobrar e fiscalizar as ações do Estado, os recursos financeiros e sua aplicação na segurança pública. “Queremos ouvir os candidatos e melhorar as propostas para a segurança pública”.
O vice-presidente do Sindapen, Petrônio Lima, revela que a Frente é apartidária e irá ouvir as propostas da segurança pública dos candidatos. A finalidade é orientar os candidatos sobre as propostas que realmente interessam aos profissionais de segurança pública.
De acordo com ele, a criação da Frente é inédita e é uma ferramenta que visa a fortalecer os profissionais de segurança pública e a população que necessita dos serviços. “Vamos promover o diálogo para que possamos evitar falhas de políticas na segurança pública. Isso também é um trabalho preventivo”, adianta, acrescentando que o momento é de construção, saber o que eles propõem para cada mandato. “Nossos anseios são os mesmos da sociedade”, avalia.
A dirigente do Sinpoal, Ana Márcia Nunes, também defendeu que a Frente precisa ter acesso às propostas dos candidatos. A sindicalista denunciou que o prédio do Instituto Médico Legal (IML) parece um local de primeiro mundo, mas não tem efetivo. “Só há 40 peritos médicos legistas, quando é necessário mais de 80. O órgão necessita de mais especialidades, de pessoal, de reestruturação e de interiorização. Ressaltando o sofrimento das famílias quando ver um parente morto no chão e passando várias horas para ter a perícia. “Isso fere a dignidade dos familiares”, disse.
O presidente do Sinsdal, Clayberson Ferraz, alertou que quando uma categoria deflagrar greve é porque ela chegou ao limite. “Precisamos saber quais as propostas para que a gente possa auxiliar”.
Ferraz também informou que as categorias da segurança pública possuem pautas específicas e pautas comuns, citando a questão de realização de concurso público para todos. “Um terço da categoria do Detran é terceirizada. Isso é o desmonte da segurança pública”, denuncia.
Vídeo
Veja vídeo da entrevista coletiva de lançamento da Frente Estadual pela Segurança Pública