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"Brasil Mais Seguro" é um fracasso em Alagoas

Por Imprensa (quinta-feira, 18/04/2013)
Atualizado em 18 de abril de 2013

“O Plano Nacional Brasil Mais Seguro, que tem à frente a Secretaria Nacional de Segurança Pública é um fracasso em Alagoas”, afirma o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol).

Os números da Secretaria de Defesa Social de Alagoas (SDS/AL) dão conta de que, em média, ocorrem mais de 200 homicídios por mês no Estado, ou seja, a cada três horas uma pessoa é assassinada. O Plano Brasil Mais Seguro não controlou a violência em Alagoas. Para se ter uma ideia, em março de 2012, foram assassinadas 203 pessoas; um ano depois, no mês de março deste ano, foram registrados 207 homicídios.

Para o presidente do Sindpol, Josimar Melo, as falhas tiveram início pela condução do Governo do Estado e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) que não ouviram as necessidades dos policiais civis e militares, do Corpo de Bombeiros, dos peritos e dos agentes penitenciários. “Eles simplesmente nos ignoraram. Não levaram em consideração os profissionais de segurança pública que estão na ponta do problema”, apontou.

Na avaliação, a vinda da Força Nacional causou prejuízo a população que, muitas vezes, sofre com o abuso de poder e a arbitrariedade dos profissionais da FN. Como também ocasionou a divisão entre os policiais locais e os da Força Nacional, que recebem treinamentos e armamentos adequados para atuar e ganham até R$ 9 mil somente de diárias por mês, já os policiais alagoanos não ganham nada disso. “Os policiais da Força Nacional são vistos pelos policiais como invasores do nosso território e usurpadores de nossa função, além disso eles são usados pelo Governo do Estado para discriminar os policiais de Alagoas”.

“A vergonha pelo fracasso é tanta que a cúpula do Brasil Mais Seguro se reúne a escondida da imprensa para avaliar o Plano, bem diferente dos holofotes de quando foi lançado. Nessa reunião, o Governo do Estado se limitou por mais recursos financeiros, afirmando que precisava de R$ 200 milhões, um valor que se for usado, será jogado fora”, avalia.

O Sindpol também aponta que, ao invés de atender as reivindicações da categoria, a proposta do Governo é acabar com as delegacias existentes, deixando a população a mercê da criminalidade. O sindicato defende que a delegacia deve funcionar 24 horas nos bairros e nas cidades alagoanas.

Além disso, é comum a violação aos direitos humanos dos policiais civis, dos presos e da população. O Sindpol flagrou celas, que deveriam caber quatro detentos, no entanto, estão com mais de 20, como ocorre na Delegacia da cidade de União dos Palmares. Nessa mesma delegacia, a viatura está parada por falta de reposição da bateria.

A explosão da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em dezembro passado, que vitimou fatalmente a policial civil e sindicalista Amélia Dantas, e causou danos a mais de 100 imóveis, representa todo esse fracasso de modelo de segurança pública no Estado.

Há mais de dois anos, que o Sindpol publica regulamente um relatório das condições das delegacias de Alagoas, e nada de concreto foi efetivado para melhorar aquelas precárias instalações. Os problemas foram comunicados à Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, antes mesmo de ser implantado o Plano, mas nada de concreto foi efetivado, enquanto isso, os policiais civis continuam com efetivo reduzido, apenas um policial tira plantão na delegacia; falta alimentação; os ambientes são insalubridades, paredes com mofos e infiltrações, esgotos a céu aberto, instalações sanitárias quebradas; superlotação de presos, viaturas quebradas, armamento inadequado e muito lixo. Os policiais civis também são desviados da investigação (função fim) para  a custódia de preso.

SINDPOL/AL:  Josiane Calado

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