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Entidades das polícias lançam Movimento Unificado

Por Imprensa (segunda-feira, 25/04/2011)
Atualizado em 25 de abril de 2011

Em entrevista coletiva, realizada na manhã da segunda-feira, dia 25, as entidades lançaram o Movimento Unificado dos Trabalhadores da Segurança Pública. Participaram o Sindpol, o Sindapen e as Associações dos Praças, dos Subtenentes e Sargentos e dos Oficiais da Polícia Militar, além da Central Única dos Trabalhadores e da Federação dos Moradores de Maceió.

As entidades das polícias Civil e Militar recusaram a proposta salarial do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) – de 5,91% em duas vezes – e cobraram também melhores condições de trabalho. “Estamos há cinco anos sem reajuste salarial, e o governador oferece 5,91% para a nossa categoria. Entramos em greve em janeiro deste ano e suspendemos a paralisação devido ao anúncio de que em 90 dias seria apresentada uma política de valorização dos agentes penitenciários “, destaca o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza.


As categorias não descartam uma greve conjunta das polícias Civil, Militar e agentes penitenciários. A intenção é fortalecer o movimento para que o Governo retome o diálogo e ofereça um reajuste salarial satisfatório para os servidores. “Os profissionais de segurança pública não estão sendo valorizados pelo governo do Estado. A Constituição Federal determina que o nosso salário, que é subsídio, seja corrigido em data-base, mas o governo nega. Chega de enrolação!”, defendeu o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Wellington Fragoso


Os policiais civis deflagram greve a partir da zero hora desta terça-feira. Na manhã deste dia, os agentes penitenciários realizam assembleia onde será votado o indicativo de greve. Já à tarde, policiais militares se reúnem também em assembleia, na Praça Marechal Deodoro para definir o rumo do movimento.


Questionado se a Polícia Militar vai aderir ao movimento grevista, visto que estão sujeitos a penalidades em caso de aquartelamento, o presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar, Wagner Simas, anunciou que há mecanismos para que isso aconteça, apenas aplicando o que está previsto na Lei para o exercício da profissão. “Vamos fazer o que der para fazer. Se não tiver colete, os militares não terão como sair para as ruas… Vamos adotar medidas legais que não deixem os policiais à mercê das corregedorias”, explicou Simas.


A CUT além de apoiar o movimento dos servidores da área de segurança pública, destaca ainda a possibilidade de unificar o movimento no âmbito estadual. “A Central trabalha com a greve geral para todos os servidores públicos do Estado, uma vez que todas as áreas estão em situação precária: a Saúde está em situação degradante; na Educação não tem nem banheiros nas escolas; a Uneal não tem condições de funcionar, falta estrutura física e de profissional; a Agricultura foi desmontada; há um rombo financeiro na Previdência”, enfatizou o Luiz Gomes, secretário de Comunicação da CUT em Alagoas, informando que a mobilização de todas as categorias tem se intensifica a partir do dia 1º de Maio.


O diretor da Cobrapol, José Carlos Fernandes Neto, o Zé Carlos, destacou que o sangue dos alagoanos está sendo jorrado, ressaltando os 8.198 assassinatos ocorridos de 2007 a 2010. Ele afirmou que a Política do governo Téo Vilela é de omissão, e informou que o Sindpol está solicitando ao Ministério Público que apure as reformas nas delegacias de Maceió. O sindicalista citou o caso do 9º Distrito Policial que foi reformado em 2009, passa por nova reforma com mudanças no piso e pintura e custou ao Estado quase R$ 90 mil. Zé Carlos estranhou essa reforma quando as delegacias do interior estão em precárias condições de trabalho.


O presidente do Sindpol, Carlos Jorge da Rocha, explicou que o Governo Téo Vilela aplica a política de estado mínimo e zero investimento para os serviços públicos, resultando no caos na Saúde, Segurança Pública e Educação.


Com informações do Sindpol e do Alagoas24horas

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