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MPE concede prazo de 60 dias para PC concluir investigações sobre explosão

Por Imprensa (sexta-feira, 22/02/2013)
Atualizado em 22 de fevereiro de 2013

Instalações da Deic foram destruídas em acidente registrado em dezembro, deixando uma policial civil morta

Vítimas do acidente ainda não foram indenizadas e sofrem com imóveis danificados A 64ª Promotoria de Justiça da Capital vai devolver à Polícia Civil, na quinta-feira (21), o processo que investiga a explosão na Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e que fora entregue ao Ministério Público Estadual em janeiro último. Será concedido prazo de mais 60 dias para que a polícia judiciária de Alagoas possa concluir a apuração sobre a tragédia que vitimou fatalmente uma agente de polícia, feriu outras quatro pessoas e destruiu a sede do órgão.

O processo foi considerado complexo pela promotora que acompanha o caso, Alba Lúcia Torres de Oliveira. Ele já possui três volumes, mas, apesar de farta documentação anexada, ainda não aponta uma autoria para a explosão. “Seria temerário, nessa fase da investigação, fazer qualquer juízo de valor a respeito daquele episódio e apontar possíveis responsáveis. Estamos concedendo prazo de dois meses para que a Polícia conclua o inquérito e, só após a sua finalização, é que poderemos nos pronunciar a respeito das medidas que deverão ser adotadas pelo Ministério Público Estadual”, explicou ela.

“Precisamos entender que essa investigação é de extrema complexidade, principalmente por conta das circunstâncias em que ocorreu o desastre. Portanto, tanto a Polícia Civil, instituição responsável pela investigação, quanto o MPE, titular da ação penal, têm que analisar o caso com a cautela que o caso exige. E é também por este motivo que o sigilo durante a apuração é de extrema importância”, acrescentou Alba Lúcia Torres de Oliveira.

Finalizado o inquérito, ele será novamente remetido para a 64ª Promotoria de Justiça da Capital. “Quando esta peça chegar às nossas mãos, já completamente finalizada, analisaremos se houve, de fato, a existência de dolo ou culpa na explosão”, declarou a promotora de Justiça.

A tragédia na Deic

Na noite do dia 20 de dezembro do ano passado, uma forte explosão na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) provocou a morte da policial civil Maria Amélia Lins Costa, 43, e deixou outros quatro agentes feridos. O estrondo gerou pânico e tumulto na Rua Moreira e Silva, no Farol, e regiões adjacentes. O impacto foi sentindo até na Praça do Centenário. Vidros de prédios vizinhos à delegacia se espalharam pelas ruas e atingiram populares, casas e estabelecimentos comerciais, que tiveram suas paredes rachadas.

O acidente aconteceu no paiol (depósito onde munições e artefatos são armazenados), que ficava numa das salas da Deic, por volta das 18h25. Os policiais ficaram soterrados até a chegada de equipes do Corpo de Bombeiros Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Samu. Quando as viaturas chegaram, quatro policiais civis – Carlos César, Genival Maurício, Luis César e Amanda Daniele – ainda conseguiram ser resgatados com vida entre os escombros. Eles receberam o atendimento inicial das equipes e, em seguida, foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado.

Já Maria Amélia Lins Costa não resistiu à gravidade dos ferimentos e veio a óbito antes mesmo de ser atendida.

Gazetaweb

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