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Por Imprensa (sexta-feira, 21/12/2012)
Atualizado em 21 de dezembro de 2012
Maria Amelia Dantas, ou Mel Dantas, como era conhecida por alguns amigos, era alegre, festeira, dedicada a profissão e completamente apaixonada pelos filhos, um casal, este é o relato dado ao Cadaminuto de pelos menos três pessoas que conviviam com ela.
Ontem, na quinta-feira, ela não estava escalada para o trabalho, mas acabou tirando o plantão de uma colega. Quando por volta das 18:30, estava na sede do Deic – Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), localizada na Ladeira dos Martírios, junto com outros colegas, quando começaram as explosões.
De acordo com o relato dos colegas, ela e outros dois policiais foram imediatamente soterrados, o clima era de desespero, todos gritaram muito, mas aos poucos ela deixou de gritar. Quando foi retirada, por outros colegas, já estaria sem vida.
Ainda de acordo com os relatos preliminares dos colegas, Amélia morreu asfixiada, já que aparentemente não apresentava nenhuma lesão mais forte.
O clima de comoção entre os colegas foi muito grande, não só pela morte de uma companheira, mas ainda pelo fato de Amélia ser muito querida por todos que trabalhavam com ela.
Integrante do Sindicato dos Policias Civis, Amélia era também muito conhecida pelos policias que faziam cobertura jornalística na rotina policial. ela se engajou em campanhas que pedia a diminuição no número de assassinatos.
Logo após a confirmação de sua morte várias pessoas se manifestaram nas Redes Sociais. A filha de Amélia, a universitária Mayara Dantas, se manifestou durante a madrugada , em sua página no Facebook, postou a foto da mãe, a frase “te amo para sempre” e uma música que em seus últimos versos dizia:
“O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida”
Cadaminuto
