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Suicídio, é preciso dar um basta
_Setembro é o mês de prevenção ao suicídio com a campanha Setembro Amarelo

Por Imprensa (sexta-feira, 10/09/2021)
Atualizado em 10 de setembro de 2021

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) defende a importância da campanha Setembro Amarelo para prevenção ao suicídio. Oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio acontece no dia 10 de setembro. Em estudo, a Unicamp mostra que 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. É possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente, entre os jovens. É importante destacar que cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias. Por isso, é preciso quebrar o preconceito, procurar ajuda psiquiátrica e psicológica.

Estudos indicam que se se uma pessoa com ideação suicida passa a, de repente, sentir-se tranquilo e aliviado, é preciso prestar atenção. O paciente pode sentir-se “melhor” ou aliviado apenas por ter tomado a decisão de suicidar. Um dos períodos mais perigosos é quando se está melhorando da crise que motivou a tentativa ou quando a pessoa ainda está no hospital. Na semana que se segue, o paciente está particularmente fragilizado. Além disso, tentativa prévia de suicídio é um fator indiscutível para nova tentativa, o que caracteriza alto risco.

_Veja os fatores de riscos e sinais de alerta_
*Transtornos mentais:*
As que cometem suicídio apresentam pelo menos um transtorno psiquiátrico, como depressão, transtorno bipolar, transtornos relacionados ao uso de drogas lícitas ou ilícitas (álcool, maconha, crack e cocaína entre outras), esquizofrenia e transtorno de personalidade fazem parte do grupo de risco. Dessa forma, a identificação e o tratamento dos transtornos mentais pelo médico psiquiatra estão entre os principais fatores de proteção na prevenção do suicídio.

*Histórico pessoal:*
Tentativa prévia é o principal fator de risco para o suicídio. Indivíduos que já tentaram o suicídio têm de cinco a seis vezes mais chances de tentar novamente.

*Ideação suicida:*
Comentários que demonstram desespero, desesperança e desamparo podem ser manifestação de uma ideação suicida. Atenção a expressões como “eu desejaria não ter nascido”, “caso não nos encontraremos de novo”, “eu preferia estar morto”, todos são sinais de alerta.

*Fatores estressores crônicos e recentes:*
Eventos estressores significativos, como separação conjugal, migração ou perda de uma pessoa próxima, além daqueles que levem a prejuízo econômico e social, como falência e perda de emprego, estão associados ao surgimento de pensamentos suicidas.

*Organizar detalhes e fazer despedidas:*
É de extrema importância observar se existe algum comportamento que sugira uma preparação para o suicídio: mensagem de despedida (bilhetes ou recados nas mídias sociais), cartaz, testamentos, doação de posses importantes e acúmulo de comprimidos são alguns exemplos. Além disso, verificar se há “comportamento de despedida”, como ligações incomuns a parentes ou amigos dizendo adeus, como se não fosse vê-los outra vez.

*Meios acessíveis para suicidar-se:*
Acesso a armas de fogo, locais elevados e medicação em grande quantidade aumenta a chance de que uma eventual tentativa de suicídio seja efetivada.

*Impulsividade:*
O suicídio, por mais planejado que tenha sido, muitas vezes parte de um ato motivado por eventos negativos. O impulso para cometer o suicídio é geralmente transitório, com duração de alguns minutos ou horas e pode estar presente particularmente em jovens e adolescentes. A impulsividade pode ser acentuada na presença de abuso de substâncias.

*Eventos adversos na infância e na adolescência:*
Ter sofrido maus tratos e abuso físico, sexual ou psicológico na infância, apresentar abuso ou dependência de substâncias lícitas ou ilícitas e falta de apoio social estão associados a maior risco de suicídio. É importante lembrar que queda no desempenho escolar pode ser reflexo de um transtorno psiquiátrico não diagnosticado.

*Motivos aparentes ou ocultos:*
Algumas pessoas com pensamentos suicidas podem considerar a morte como um “meio de sair do sentimento momentâneo de infelicidade”, “acabar com a dor”, “encontrar descanso” ou “final mais rápido para os seus sofrimentos”. Comentários como esses servem como sinal de alerta.

*Presença de outras doenças:*
Doenças crônicas, incluindo neoplasias em fase terminal, são fatores de risco para suicídio. O acompanhamento de pacientes que apresentam condições médicas com essas características deve incluir atenção especial à sua mental.

*Fatores protetivos:*
Existem alguns fatores relacionados à vida de uma pessoa, que podem atuar como proteção para o suicídio.
Ausência de doença mental;
Ter autoestima;
Suporte familiar;
Capacidade de adaptação positiva;
Capacidade de resolução de problemas;
Exercendo profissão;
Realização de pré-natal;
Laços sociais bem estabelecidos com amigos e familiares;
Relação terapêutica positiva;
Frequência a atividades organizações, religiosas etc.
Ter sentido existencial;
Senso de responsabilidade com a família;
Ter crianças em casa;
Ter animais de estimação.

*Fatores de risco*
Doenças mentais;
Abuso sexual na infância;
Alta recente de internação psiquiátrica;
Doenças incapacitantes;
Impulsividade/Agressividade;
Isolamento Social;
Suicídio na família.
*Ajuda*
Para prevenção, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta um serviço gratuito. A equipe de voluntários fica disponível para acolher e atender qualquer pessoa que busque apoio emocional, sempre sob sigilo, pelo telefone (188), chat, e-mail ou pelo site www.cvv.org.br.

Fontes: Associação Brasileira de Psiquiatria, Conselho Federal de Medicina e Centro de Valorização da Vida (CVV)

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