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Por Imprensa (sexta-feira, 13/03/2020)
Atualizado em 13 de março de 2020
Categoria aprova desfiliar da CUT e não participar da greve geral no dia 18
Os policiais civis decidiram acatar o pedido do governador Renan Filho de suspender as paralisações e as atividades de mobilização, com o objetivo do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) se reunir com o governador até o final de março, quando deverá ser apresentada uma proposta à categoria.
A assembleia geral foi realizada nesta sexta-feira (13), no Sindicato dos Bancários, onde a categoria discutiu e deliberou sobre a avaliação de mobilização, paralisação e negociação; desfiliação da CUT; greve geral em 18 de março e decretação de estado de paralisação.
O vice-presidente do Sindpol, Jânio Vieira, iniciou a assembleia geral informando sobre as ações da mobilização, as paralisações, como a paralisação em conjunto com os servidores do Detran e policiais penais, no órgão de trânsito. O dirigente destacou que a mobilização teve adesão da categoria. Revelou que o secretário de Planejamento e Gestão (Seplag), Fabrício Marques, ligou para o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, para reunião de negociação, quando ele propôs a retirada da Classe AO, inicial de R$ 3.800,00, que tornaria o piso da Classe A1 de R$ 4.370,00, ou seja, nenhuma mudança salarial para os policiais civis.
*Desfiliação da CUT*
No item da pauta de desfiliação da CUT, o presidente do Sindpol e o vice-presidente destacaram a importância de uma Central Sindical para intermediar negociação, ajuizar a Ação de Inconstitucionalidade, fortalecer e apoiar a luta do sindicato. De acordo com eles, a CUT está inerte aos problemas dos servidores, citando a não mobilização pelo IPCA, bem como nas mobilizações da categoria. Os policiais civis favoráveis e contrários manifestaram suas opiniões, mas a grande maioria decidiu pela desfiliação da CUT.
*Emenda do SVP*
O Cabo Bebeto esteve na assembleia geral para esclarecer sobre sua emenda modificativa ao Projeto de Lei nº 262/2019, do Serviço Voluntário de Plantão (SVP) dos delegados, visando a incluir os agentes e escrivães na matéria. De acordo com o parlamentar, o SVP não traz prejuízo quanto ao recebimento do adicional noturno, verba de alimentação ou qualquer outro adicional.
Cabo Bebeto solicitou aos policiais civis que marquem os deputados no Instagram dos deputados e solicitem o apoio à aprovação da emenda.
*Greve geral*
No item da greve geral, em 18 de março, contra a reforma administrativa e as PECs 186, 187 e 188, o 1º Secretário do Sindpol, Bartolomeu Rodrigues, manifestou insatisfação com a plenária das centrais sindicais, que não pautou a luta pelo IPCA (reajuste geral dos servidores públicos), mas pautou o calendário de mobilização. A categoria aprovou não participar da greve. Também foi destacado a importância de combater a reforma administrativa e as PECs que retiram direitos e reduzem salários dos servidores.
*Suspender as paralisações e atividades*
O presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, informou detalhes sobre a manifestação na inauguração do CISP de Maribondo, na quinta-feira (12) para falar com o governador. Assim que o governador chegou ao evento, veio em direção ao presidente do Sindpol informar da realização da reunião após a inauguração do Centro.
No encontro, o dirigente informou que o governador disse que os policiais possuem média salarial de R$ 8.000, mas tal informação foi negada pela diretoria. Renan Filho estava com um envelope com a mesma proposta do secretário Fabrício Marques, que já havia sido refutada pela direção do Sindpol, a qual não apresenta nenhum ganho salarial. Percebendo o descontentamento com andamento da negociação com o secretário, o governador não abriu o envelope e pediu que o Sindpol aguardasse até o final do mês para se reunir novamente. Renan Filho ficou de informar o dia da reunião com o Sindpol.
Na assembleia, os policiais decidiram suspender as paralisações, de seguir a agenda do governador, da Operação #Devagar e as intervenções nas redes sociais contrárias até o final de março. Foi definido que se não houver resposta do governo, a partir de abril a categoria volta com as paralisações e mobilizações.
Também foi aprovado o estado de mobilização, que é o Sindpol continuar com as visitas aos policiais civis, bem como a continuidade da campanha Sindpol Alerta, que trata de orientações à categoria para evitar que os agentes e escrivães respondam por abuso de autoridade.
