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MPAL lança campanha “Mulheres em segurança – assédio não” para combater prática nos órgãos da segurança pública

Por Imprensa (quarta-feira, 8/09/2021)
Atualizado em 8 de setembro de 2021

O Ministério Público do Estado de Alagoas lança a campanha “Mulheres em segurança – assédio não” nas redes sociais contra os assédios moral e sexual praticados contra mulheres dentro dos órgãos que compõem as forças de segurança pública.

A iniciativa, denominada “Mulheres em segurança: assédio não”, de autoria da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial da Capital, tem como objetivo mostrar que, dentro dessas instituições, tais condutas ilícitas são comuns e, justamente para combatê-las e proteger as vítimas, o MPAL, como defensor dos direitos fundamentais, está monitorando os casos para intervir naqueles em que houver necessidade. A campanha tem o apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio da Faculdade de Direito.

A campanha mostra os resultados de uma pesquisa realizada com centenas de mulheres que trabalham nas Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Perícia Oficial e Polícia Penal. Aplicado durante o ano passado e nos primeiros meses de 2021, o estudo mostrou que em todas essas instituições tanto o assédio moral quanto o assédio sexual estão presentes no dia a dia das mulheres que desempenham suas atividades em cada um desses órgãos.

Polícias Militar e Civil

Para quantificar e qualificar os resultados, o Ministério Público contou com a parceria da Faculdade de Direito da Ufal, por meio da professora Elaine Pimentel. No âmbito da Polícia Militar, esse estudo mostrou que quase 50% das mulheres confessaram já ter sofrido algum tipo de assédio em razão da sua atividade profissional. As abordagens envolveram, principalmente, desvalorização do trabalho técnico, discriminação da maternidade, desrespeito durante o curso de formação, comportamento de cunho sexual inadequado e assédio sexual.

Dentre os dados coletados, 74,1% das PMs disseram que já tiveram seu trabalho desvalorizado ou não considerado pelo fato de serem mulheres. Outras 50% confirmaram ter sofrido bullying pela condição de serem do sexo feminino. Já com relação ao comportamento sexual inadequado, 73,5% delas responderam que já foram vítimas, com 44,4% desses assédios tendo sido praticados por superior hierárquico. Outro dado que chama atenção é sobre o percentual de mulheres que já foram vítimas, presenciaram ou tomaram conhecimento da prática de assédio sexual dentro da corporação: 77,1%. E, dentre aquelas que realmente foram vítimas, 49,7% não denunciaram alegando falta de estrutura de acolhimento e incerteza quanto à responsabilização do assediador.

Na Polícia Civil, o cenário é semelhante. Cerca de 52,4% declararam que já foram perturbadas no trabalho em razão do seu gênero, tendo isso resultado no baixo desempenho das atividades profissionais. Além desse dado, 34,4% das policiais alegaram ter se sentido constrangidas por um superior hierárquico que cometeu assédio sexual, e quase 29% dessas abordagens ocorreram no próprio ambiente de trabalho. Apesar disso, não há registros na Corregedoria-Geral da PCAL que se refiram a práticas de assédio.

Com informações do MPAL

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