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Policiais civis protestam contra a PEC 32
Reforma Administrativa: fim da estabilidade e perda de direitos

Por Imprensa (quarta-feira, 18/08/2021)
Atualizado em 18 de agosto de 2021

Policiais civis participaram na manhã desta quarta-feira (18), do ato contra a PEC 32/2020, em frente à Central de Flagrantes. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) realizou a manifestação seguindo a orientação da Cobrapol, que estabelece a luta pela defesa dos direitos dos servidores públicos e contra a privatização dos serviços públicos.

No ato, os policiais civis expressaram suas opiniões e manifestaram-se contra a reforma administrativa que altera dispositivos sobre servidores públicos, modificando a organização da administração pública direta e indireta dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Em tramitação na Câmara, a reforma preocupa o presidente do Sindpol, Ricardo Nazário, que demonstrou sua indignação contra a proposta da PEC 32, a qual apresenta retirada de direitos dos servidores públicos e prejudica a população, com precarização no atendimento, uma vez que, será prevalecendo à terceirização, substituindo a realização de concursos públicos.

O dirigente sindical destaca que os policiais civis serão afetados e ficarão vulneráveis aos superiores, que poderão instalar processos administrativos com a possibilidade de demissão. “Temos a missão de proteger a sociedade, garantir a segurança da população contra a precarização do atendimento policial com a população. Quem irá realizar a prestação de serviço? O terceirizado que tem apadrinhamento político. Será que as investigações nas delegacias irão ocorrer com lisura?”, questionou.

Para o diretor do Sindpol Carlos Jorge, é necessário que a categoria acompanhe o sindicato nos atos e mobilizações para barrar a PEC 32 e outras que surgirão. “A PEC 32 acabará com os poucos direitos que conquistamos ao longo do tempo. Precisamos agir para defender nossos empregos e a segurança da sociedade”, provocou.

O diretor de Comunicação do Sindpol, José Edeilto Gomes, destacou que a PEC 32 desmonta o serviço público e instala o crime organizado. “Com aprovação da reforma, estaremos voltando ao passado. Além de acabar com a estabilidade que é a garantia contra a influência política, a PEC destrói o sonho da cidadão, que investe em seus filhos para seguirem carreira pública” lamentou.

Bartolomeu Rodrigues, dirigente do Sindpol, ressalta que a reforma abre ambiente para interesses políticos e motiva a desorganização da segurança pública. “Além de retirar direitos, principalmente, a estabilidade, em longo prazo, pode prejudicar futuros servidores aposentados e pensionistas, pois cria novas regras para aposentadoria”, denuncia.

Alertando para a distinção de cargos numa mesma instituição, a diretora do Sindpol Silvia Lúcia disse que o texto da PEC 32 possibilita aos cargos, que compõem as carreiras policiais, a possuírem regimes diferenciados, “assim se aprovada, a reforma permitirá que uma mesma delegacia, possua dois policiais civis submetidos a regimes jurídicos completamente diferentes, um com estabilidade e outro sem” conclui.

Esteve presente no ato, Carlos Pisca, presidente do Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Alagoas – Sindguarda Alagoas.

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