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Policiais aceitam prazo de 60 dias para PCCS estar no Legislativo

Por Imprensa (sábado, 19/05/2012)
Atualizado em 19 de maio de 2012

Os policiais civis adiaram a deliberação sobre a greve e aceitaram o prazo de 60 dias dado pelo governo para que o Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS) seja enviado à Assembleia Legislativa.

A decisão da categoria aconteceu na assembleia geral, realizada na tarde da sexta-feira (18), no auditório dos Urbanitários. O presidente do Sindol, Josimar Melo, entregou aos policiais civis a ata da reunião com o Secretário de Gestão Pública, Alexandre Lajes, ocorrida na última quinta-feira.

Na ata, o governo assume o compromisso de dentro do prazo de 60 dias encaminhar o PCCS para aprovação da Assembleia Legislativa. “O reposicionamento (reenquadramento) na tabela dos servidores constantes no supracitado Plano terão seus efeitos a partir do exercício de janeiro de 2013, seguindo as regras do PCCS”, destaca parte da nota.

Alexandre Lajes pediu o prazo alegando que a Segesp está com a equipe reduzida para fazer todos os cálculos de todos os servidores referentes ao reajuste linear de 6,5%.

No prazo de 60 dias, o Sindpol voltará a negociar com o governo o exercício do reenquadramento ao PCCS, considerando o tempo de serviço (progressão horizontal), a escolaridade (progressão vertical) e o direito adquirido dos policiais. O piso salarial também será discutido nesse prazo junto ao governo.

Caos

Na assembleia, os policiais civis destacaram a preocupação com a valorização profissional e com o mau gerenciamento da Polícia Civil. Um policial informou que, no ano passado, foram abertos 56 mil procedimentos policiais, e apenas cinco mil se transformaram em inquéritos. Dos procedimentos, 27 mil eram de ações públicas incondicionais, que deveriam ser transformadas em inquéritos. Os dados revelam a impunidade em Alagoas.

Os policiais também relataram a falta de pessoal, e que as delegacias do interior estão superlotadas de presos, bem como a alimentação precária. Cada policial que recebe apenas R$ 50,00 por mês para as refeições.

Na assembleia, a categoria deliberou que o Sindpol faça as denúncias ao Ministério Público com a possibilidade de convocar os representantes do órgão para uma assembleia, onde os policiais possam relatar essas mazelas. Também foi aprovada uma nota pública à sociedade, mostrando o desmonte da segurança pública e as precárias condições de trabalho, que resultam em um serviço que não atende a população.

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