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Sindpol pede a interdição de delegacias do sertão

Por Imprensa (terça-feira, 29/05/2012)
Atualizado em 29 de maio de 2012

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas solicitou a interdição das delegacias em  Cacimbinhas, Ouro Branco e Delmiro Gouveia – municípios da região do sertão, à Justiça e à Promotoria das cidades devido à insalubridade e a superlotação de presos.

A delegacia de Cacimbinhas funciona em um prédio pequeno com salas apertadas em precária condição. As paredes apresentam rachaduras, vazamentos, infiltrações e mofos. O sindicato encontrou dez presos em uma carceragem com capacidade para seis.

A delegacia não possui mecanismo de segurança, a exemplo de um muro, o que torna evidente o risco de fugas. A maioria dos detentos é de outras cidades, como Arapiraca, Palmeira dos Índios e Quebrangulo. Os banheiros da carceragem estão sem o vaso sanitário e sem chuveiro. O terreno da delegacia está cheio de lixo. A fossa está quebrada e exala forte cheiro desagradável. Os detentos reclamam das condições de higiene e revelam que estão adoecendo no local devido às condições insalubres. O preso Fábio Nascimento da Silva está há vários dias com o rosto inchado e sem atendimento odontológico. A delegacia recebe apenas R$ 40,00 por mês para alimentação de cada preso. Eles reclamam da falta de comida no local.

A delegacia possui dois coletes à prova de balas. Há carência de pessoal, apenas dois policiais estão à disposição diariamente para atender presos e a população. As celas ficam localizadas próximas da cozinha e do alojamento, tirando a privacidade e representando perigo aos policiais civis.

O Sindpol ainda se reuniu com o juiz da Comarca de Cacimbinhas, Edvaldo Landeose. Ele informou que não há preso da cidade na delegacia. Os dez detentos são de outros municípios. O magistrado já comunicou a situação à Corregedoria de Justiça e está aguardando determinando do órgão.

O 2º vice presidente do Sindpol, Carlos José, destacou que os policiais civis não podem continuar naquela situação degradante. “O Governo e os poderes precisam dar uma resposta conducente à categoria e à população”.

Delmiro Gouveia

Na regional de Delmiro Gouveia/AL, a situação também é de insalubridade e precariedade.  A estrutura da delegacia não apresenta condições mínimas para abrigar policiais e presos. As paredes apresentam rachaduras, vazamentos, infiltrações e mofos. São 45 detentos em situação insalubre. Muitos deles reclamam que estão detidos há quase três anos e não foram ouvidos pela Justiça. A maioria diz cometer pequenos delitos e ficar esquecidos no local. Eles reclamam dos banheiros da carceragem que estão sem o vaso sanitário e sem o chuveiro. Revelam que tomam banho em um tanque precário e sujo.

A alimentação dos presos e dos policiais também é insuficiente. Sem ajuda da família, os detentos estariam passando fome no local. Há carência de efetivo para prestar segurança na cidade. São apenas cinco policiais para atendimento.

Nos alojamentos, as camas estão quebradas, e os colchões velhos e mofados. As mobílias estão em estado precário e são insuficientes para o uso diário.  A fiação dos computadores está exposta, correndo risco iminente de incêndio.

No mesmo dia em que o Sindpol protocolou o pedido de interdição, a juíza da cidade Raquel David Torres de Oliveira, solicitou ao delegado da regional, Rodrigo Rocha Cavalcanti, um relatório constando a situação do local, o número de presos e a cidade de origem de cada.

Ouro Branco

Na cidade de Ouro Branco, o Sindpol pediu a interdição da carceragem da delegacia devido às precárias condições estruturais.

A delegacia se encontra superlotada com 16 presos em um espaço que deveria abrigar apenas seis. A maioria dos detentos é de outros municípios como Santana do Ipanema e Maravilha.

A casa, em que funciona a delegacia, é pequena e não possui mecanismo de segurança, com um muro, o que torna evidente o risco de fugas. A parede da carceragem, que possui aberturas para ventilação, fica ao lado de uma rua, o que torna toda a estrutura vulnerável.

O alojamento do delegado está localizado próximo à carceragem. E o alojamento dos policiais é precário, e não possui condicionador de ar. As camas os colchões estão velhas. As mobílias da delegacia apresentam defeitos e são insuficientes para o uso diário dos policiais e população.

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